Fifa aprova nova tecnologia de impedimento, mas reitera decisão final dos árbitros

De acordo com o chefe de arbitragem da entidade, Pierluigi Colina, ferramenta deve ser utilizada na Copa do Mundo do Catar 202

Foto: FIFA

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) aprovou a atuação da nova tecnologia de impedimento semiautomatizado (SAOT, na sigla em inglês) nas partidas do Mundial de Clubes, que está sendo realizado nos Emirados Árabes Unidos. Ainda assim, o Chefe de Arbitragem da entidade máxima do futebol internacional, Pierluigi Collina,  reforçou que os árbitros de campo continuam com o poder maior de decisão.

 

“Os árbitros e os árbitros assistentes ainda são responsáveis pela decisão no campo de jogo”, enfatizou o italiano. “A tecnologia só lhes dá suporte valioso para tomar decisões mais precisas e rápidas, principalmente quando o incidente de impedimento é muito apertado e muito difícil”, finalizou o ex-árbitro.

Anteriormente ao Mundial, o sistema entrou em teste inicial de forma inédita na Copa Árabe, em dezembro do ano passado. O objetivo da Fifa é deixá-lo ainda mais preparado para novembro, mês da Copa do Mundo. A tecnologia abrange 10 câmeras dedicadas aos mínimos detalhes dos lances, porém também utiliza as câmeras da transmissão de televisão.

Para captar todos os movimentos dos jogadores envolvidos no lance, o recurso detecta 18 pontos de dados de cada atleta, cujos quais definem sua posição dentro das quatro linhas. Além disso, a Fifa projeta aumentar a quantidade para 29 pontos em cada jogador para a Copa do Mundo. Todos os dados, colecionados 50 vezes por segundo, são retransmitidos para um árbitro de vídeo específico onde, posteriormente, são tomadas as decisões de impedimento.

Outro detalhe sobre as novidades da entidade é sobre o uso de tecnologia 3D. A Fifa tem feito testes do uso de animações em espaços tridimensionais que ilustram quando um atleta está presente ou ausente do campo de jogo. Dessa maneiras, tais imagens são apresentadas nos telões dos estádios e na transmissão de TV.

“Introduzimos uma animação de impedimento, que não está relacionada ao processo de tomada de decisão, mas certamente oferece uma melhor compreensão e uma visão mais clara da decisão de impedimento. Então, uma vez tomada a decisão, esse tipo de animação começa a ser produzida e, alguns segundos depois, pode mostrar melhor o que aconteceu do que usar as linhas 2D normais”, afirmou Colina.

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: [email protected]

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