Vitória vive instabilidade em função de agravamento financeiro

Clube baiano acumulou dívida histórica durante os 123 anos de existência

O Esporte Clube Vitória enfrenta a amargura de poder não disputar a segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro 2022. Um dos fatores é a destituição do ex-presidente Paulo Carneiro. Além disso, outra razão, a qual tem grande grau de influência é a crise financeira do Leão da Barra. Presente na sua pior crise, acima de tudo, desde o último momento em que compareceu à Série C, em 2005, antes da atual edição, o Rubro-Negro Baiano busca sobreviver na temporada, visto que, só continua com partidas a disputar no restante deste ano, caso avance para a segunda fase da Terceirona.

 

De acordo com uma reportagem publicada pelo jornalista Rodrigo Capelo, do site ge.globo, no ano passado, a comparação entre o faturamento e o endividamento girou em torno de quatro vezes. Ou seja, as dívidas da associação representam quatro vezes tudo o que foi arrecadado no ano.

Ainda segundo a reportagem, o clube deveu R$ 214 milhões, o que configura a maior dívida do Vitória em sua história. Em resumo, em 2021, a agremiação baiana faturou de receita, com direitos de transmissão e premiações, R$ 30 milhões contabilizados nas seguintes competições: Série B, Copa do Brasil e Copa do Nordeste.

A maior fonte de arrecadação do Vitória ainda está nos direitos de transmissão e nas premiações. No ano passado, foram R$ 30 milhões contabilizados entre Série B, Copa do Brasil e Copa do Nordeste. Por causa de uma questão contábil, o valor prático é ainda mais baixo. O manual manda considerar a receita com luvas, referentes aos direitos de transmissão, pouco a pouco, todos os anos. No exercício de 2021, foram contabilizados R$ 6 milhões do contrato assinado em 2016.

Também é nessa parte, da televisão, que o rebaixamento para a Série C causará o maior estrago. A cota fixa da segunda divisão está próxima a R$ 8 milhões. No terceiro escalão, esse valor despenca para quase nada. Além disso, em 2022, as performances na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste – na qual não chegou nem à fase de grupos – foram piores do que na temporada anterior. Tudo piorou consideravelmente no presente.

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: pedrohmoraessjorn@gmail.com

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