Especialista avalia possibilidade do Bahia se tornar um clube-empresa

Principal interessado na compra do Esquadrão é o City Football Group, conglomerado dono do Manchester City

Foto - Divulgação/CONAFUT

A possibilidade de um desfecho positivo para Bahia e City Football Group no âmbito administrativo tem chance de ser grande. Até o momento, os gestores do Esquadrão de Aço aguardam a proposta oficial para começar o processo de conversão do correspondente a 90% do controle geral. O processo de implantação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) também necessita do encaminhamento do contrato ao Conselho Deliberativo e da realização da Assembleia de sócios para as aprovações necessárias.

 

Em síntese, o conglomerado internacional vai realizar o investimento em três etapas. A primeira contará com o encaminhamento de R$ 50 milhões ao Tricolor, cuja qual teria ainda o valor triplicado em caso de acesso do clube à elite. Por fim, mais R$ 450 milhões devem ser embolsados pelo City Football de 2023 a 2024. O valor total, nesse caso, chegaria a quantia decretada de R$ 650 milhões para a definição do negócio.

Ex-presidente do Tubarão-SC, um dos primeiros clubes-empresa do futebol brasileiro, o advogado Luiz Henrique Martins Ribeiro explica a representatividade do modelo de SAF para os times que possuem vertente emergente:

“É um momento e um movimento muito interessante, em especial para os clubes médios brasileiros, porque poderão utilizar essa ferramenta como meio de alavancagem e crescimento. A SAF e essa nova legislação servem para modernizar o ambiente de negócios no futebol brasileiro”, comentou o advogado.

Luiz Henrique é responsável por prestar consultoria às agremiações que têm meta de migrar para o modelo empresarial, deixando o associativo.

“Vejo que há muito mais uma necessidade do que uma oportunidade em relação a transformação para SAF. Os clubes buscam equacionar as suas dívidas e não só isso, mas também uma gestão profissional, até porque a lei prevê isso. Além disso, é preciso cuidado com a questão orçamentária, com as cláusulas de saída caso o negócio não dê certo. Então é necessário que os clubes tenham uma boa assessoria jurídica, técnica-contábil e façam as diligências adequadas de quem irá fazer o investimento”, pontuou.

Em síntese, o Bahia não vai passar por alterações no uniforme e na identidade visual, como Girona, da Espanha, e Troyes, da França, equipes que mantiveram suas características iniciais. Do contrário, Montevideo City Torque, do Uruguai, e o Melbourne City, da Austrália, realizaram modificações nesses aspectos.

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: pedrohmoraessjorn@gmail.com

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