Na noite da última quinta-feira, quando chegava à Arena Fonte Nova para o jogo contra o Sampaio Corrêa, pela Copa do Nordeste, o ônibus do Esporte Clube Bahia foi atacado com artefatos explosivos e alguns atletas foram atingidos, um deles o goleiro Danilo Fernandes, que precisou ser encaminhado para um hospital e só teve alta no início da noite desta sexta. Ele foi atingido no rosto e pescoço, e passou a noite internado em observação. O volante Rezende, que entrou no segundo tempo da partida contra o Sampaio, relatou o momento do ataque.
“Eu estava na frente do ônibus. Para mim, foi muito confuso, porque eu só escutava os gritos dos meninos que estavam atrás. A gente olhava, e tinha muita fumaça. Foi muito assustador. Os meninos falavam que estavam sangrando, foi muito difícil”, contou Rezende.
Além de Danilo Fernandes e Matheus Bahia, o atacante Marcelo Cirino também não participou do jogo. Nas redes sociais, o jogador fez um desabafo e disse que confia nas autoridades.
“Estou no futebol desde 2008. Já fui criticado, vaiado, aplaudido, ovacionado, tudo dentro dos limites aceitáveis. Mas o que aconteceu na noite de ontem, eu nunca imaginei passar. O ataque que tivemos ao nosso ônibus é inaceitável não apenas no futebol, mas em qualquer situação da sociedade. Colocou em risco profissionais, pais de família, filhos, maridos, que estão lutando a cada dia para devolver o Bahia ao lugar que merece, buscando um sonho de criança, o pão de cada dia. Confiamos nas autoridades, para que cenas como essa não sejam nunca mais vistas.”, postou Cirino.
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