Vitória se manifesta sobre caso Aflitos

Ainda indignado com os fatos ocorridos no jogo entre Náutico e Vitória, realizado no último sábado, dia 1 de novembro, no estádio dos Aflitos, o clube baiano se manifestou por escrito perante ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), prestando esclarecimentos sobre o que aconteceu no jogo, a fim de contribuir com a as apurações do inquérito, que foi pedido para ser instaurado pela Procuradoria.

Nos esclarecimentos, o clube alega que a Polícia Militar de Pernambuco agiu com excesso quando ameaçou prender um atleta sob alegação de que este, supostamente, teria reclamado ou ficado insatisfeito com uma decisão da arbitragem e que isso seria uma infração disciplinar a ser analisado pelo STJD e, jamais, pela Polícia Militar. Além disso, relata ainda que houve o disparo de spray de pimenta no vestiário no final da partida.

Segundo o Vitória, a Polícia teria entrado no vestiário agindo de forma grosseira e ainda teria ofendido o goleiro Viafara. O clube enviou um relatório para a CBF narrando tudo que aconteceu no dia do jogo e lamenta ter sido mais uma equipe a sofrer com o despreparo da Polícia Militar de Pernambuco.

O departamento jurídico do clube explica os motivos para ter enviado os esclarecimentos ao STJD. “Inicialmente íamos pedir a instauração de inquérito, mas tivemos o conhecimento de que a Procuradoria pediria. Nossa ação vai ser no sentido de representar ao STJD repudiando todos os acontecimentos no estádio dos Aflitos e ainda relatando todos os acontecimentos daquele dia. Colocamos o Vitória à disposição da Procuradoria para elucidar todo o caso”, revelou a advogada do Vitória, Dra. Patrícia Saleão ao site Justicadesportiva.com.br.

A advogada ainda ressalta que não havia nenhum tipo de segurança por parte do Náutico, inclusive o vestiário encontrava-se alagado na passagem para o campo, conforme foi mostrado ao vivo por um canal de televisão. Em seguida, afirma que na súmula não tem o relato do ocorrido, que foi comunicado pelo técnico Wagner Mancini ao árbitro.

O Vitória pede a punição do Náutico nos artigos 211 (Deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infraestrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização); e 213 (Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto). O Primeiro prevê como pena a multa de R$1mil a R$10mil e interdição do local, quando for o caso, até a satisfação das exigências que constem da decisão. O segundo tem a pena mais grave, pois prevê a multa de R$10mil a R$200 mil mais a perda do mando de campo de uma a dez partidas. Os artigos pertencem ao Código Brasileiro de Justiça desportiva (CBJD). Máteria de Aline Pareira do Site Justiça Desportiva

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