Marcelo Guimarães tenta ganhar fôlego no Bahia

Na semana que antecedeu à derrota para o Barueri, em Feira de Santana, uma “conversa” no Fazendão antecipou o que os atuais dirigentes pretendem do Bahia, entre setembro e dezembro, quando haverá eleição para presidente do clube. Diante de elenco e comissão técnica, alertou Marcelo Guimarães, mais ou menos nestas palavras, como guardou a memória na falta de gravador: “Aqui estão o ex-presidente (ele próprio), o eterno presidente (Paulo Maracajá), o atual (Petrônio Barradas) e o futuro (Ruy Accioly)”. Pois foi…

Resta ver se tudo sairá como “planeja” a situação. Não que a oposição seja grande ameaça, pois milita muito pouco, embora o governo estadual, timidamente, tente dar uma força e fechar o cerco, dentro do possível. É que o ditado mais comum, no Fazendão, é que dois bicudos não se beijam, haja vista a conhecida e escrachada divisão entre G-1 e G-2, alusões ao “eterno” e ao “ex”. A candidatura de Ruy já foi dada como certa, deu para trás faz umas semanas e, por força exclusiva de Marcelo Guimarães, tenta ganhar fôlego.

Aliás, apesar de não aparecer na mídia esportiva, característica que nunca foi seu forte, Marcelo Guimarães mostrou força nos bastidores tricolor. Assim como viabilizou a contratação de Arturzinho, na última Série C, quando até adiantou o pagamento com emissão de cheques para débitos mensais, desta vez, repetiu o expediente. Paulo Maracajá não gostou muito, mas aceitou, com as ressalvas de sempre. Ah, Petrônio Barradas e Ruy Accioly foram informados da decisão e concordaram. Deram uns pitacos, claro, como em roda de amigos.

Quem pode rir à toa é o novo treinador, enxotado como de pouca serventia depois do acesso à Série B. Foi engolido a seco e com salário próximo ao requisitado para renovar em dezembro de 2007. Pediu R$50 mil, ganha R$40 mil, diferença prevista no processo de negociação. Dentre outras exigências, contrato assinado, com multa rescisória estipulada. Moral em alta! – Coluna dividida do Correio da Bahia deste domingo

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