O Esporte Clube Bahia goleou o Jequié pelo placar de 4 a 1, neste sábado, na Arena Fonte Nova, pelo jogo de volta da semifinal do Campeonato Baiano. Os gols foram marcados por Oscar Estupiñan (3x) e Rafael Ratão. Elivelton descontou. O Esquadrão venceu na ida por 1 a 0, no Waldomiro Borges, e tinha a vantagem do empate. Após o jogo, o técnico Rogério Ceni comemorou a vaga na final do Estadual e frisou que era uma obrigação.
“Chegou a hora mais importante, era nossa obrigação estar nessa final. É agora que o torcedor fica mais apreensivo. Vamos para nossa primeira final, e antes tentar a classificação em primeiro na Copa do Nordeste”, afirmou Rogério Ceni.
Quem foi bastante elogiado por Ceni foi o atacante Oscar Estupiñán, principal destaque do jogo com três gols marcados. “Ele é um cara nota dez para se trabalhar. Um cara fantástico, muito educado e trabalhador. Precisa ainda de uma melhor condição física, mas tenta muito. Hoje foi coroado com três gols. O primeiro e o terceiro, muito bem feitos. No segundo o goleiro ajudou. É um nove, quando a gente joga com um nove mais centralizado, ele é importante. Quem faz três gols sempre merece destaque”, elogiou Ceni.
O único lado negativo da partida foram as vaias recebidas pelo goleiro Adriel. No primeiro gol do Jequié, ele deu rebote em uma bola defensável, e no fim da partida quase entrega o segundo para o time do interior saindo jogando errado. O treinador comentou sobre o assunto.
“Eu fiz a oração com eles agora, acho que é sempre ruim quando você comete um erro. Você assume a responsabilidade de construir, e comete um erro que faz parte do jogo. Ninguém gosta, mas acontece. Tem que levantar a cabeça e seguir em frente. Os jogadores fizeram a parte dele, de apoiar, ajudar. Existem as falhas corriqueiras, mas às vezes você chama a responsabilidade para si quando não precisa chamar. O erro que culmina com esse lance do quase gol começa com um calcanhar no meio de campo. No final do jogo a gente tem se desconcentrado muito, como foi contra o Caxias. O começo é importante, mas o final também é. Temos cometido erros nas tomadas de decisão pelo cansaço. Precisamos ficar mais atentos”, alertou.
Ceni também justificou a ausência de Santiago Arias, que vai desfalcar o Bahia nos próximos jogos para defender a Colômbia, e por isso, a expectativa era que ele fosse titular para preservar Gilberto para o clássico Ba-Vi.
“[Arias não jogou] porque eu tenho que preservar o atleta. Você acha que vão preservar ele na seleção? Eu sei como funciona a seleção, vão querer arrancar tudo que ele tem de melhor em sete dias. Eu preciso dele para a temporada toda. O Gilberto fez uma partida mais tranquila, foi poucas vezes no fundo, fez mais a função de terceiro zagueiro em muitos momentos. Eu ia tirar ele, mas muitos jogadores pediram para sair, então ele foi até o fim. Ele suportou bem. E ele mesmo pediu para jogar. Acho que o Gilberto precisa de ritmo de jogo para entregar mais. Ele tem condições totais de estar bem no jogo de quarta-feira”, afirmou.