O Esporte Clube Bahia vem nas últimas semanas em um trabalho de análise da SAF (Sociedade Anônima de Futebol), um modelo de clube-empresa que é muito utilizado na Europa, e ganhou força no Brasil após a compra do Cruzeiro pelo ex-atacante Ronaldo Fenômeno. Vasco e Botafogo também adotaram à SAF, e outros clubes estão indo pelo mesmo caminho. Desde o início do ano, o Bahia vem sendo apontado como alvo de investidores, e no mês passado surgiu o interesse do Grupo City, dono do Manchester City. Desde então, o Conselho Deliberativo realiza eventos no intuito de estudar o modelo.
Segundo informação do portal ESPN, as negociações que se arrastam por quase dois meses estão avançadas e o Bahia deve apresentar a proposta do Grupo City aos sócios-torcedores para votação, porém, antes disso, a diretoria ainda discute sobre algumas cláusulas. Quando tudo estiver alinhado, a proposta será então encaminhada ao Conselho Deliberativo, que conta com uma comissão provisória formada por sete conselheiros que irão analisar a fundo todos os pontos do acordo.
Ainda segundo a reportagem, a tendência é que a negociação da venda das ações seja entre 70% e 80% do total. No entanto, o Bahia não abre mão de que questões como o símbolo e cores de camisa não sofram grandes transformações. Essa é uma das exigências feitas pelo clube. O processo de análise do pré-contrato e a oficialização da proposta deverá acontecer em um período de duas semanas. Em meados de abril, a oferta final deverá ser encaminhada ao Conselho Deliberativo.
Com uma dívida na casa dos R$ 250 milhões, agravada com o rebaixamento à Série B do Brasileiro, fora a eliminação na Copa do Nordeste, que poderia ser uma fonte de renda com as premiações, o Bahia tem como objetivo com a SAF não apenas o aporte financeiro para a contratação de reforço, mas principalmente para quitar as dívidas.
Hoje, o City Football Group conta com dez times: Manchester City, da Inglaterra; Melbourne City, da Austrália; Mumbai City, da Índia; New York City, dos Estados Unidos; Girona, da Espanha; Yokohama Marinos, do Japão; Montevideu City Torque, do Uruguai; Sichuan Jianiu, da China; Lommel, da Bélgica; e Troyes, da França. É o maior conglomerado de times do mundo.
Nas redes sociais, o jornalista Darino Sena, torcedor declarado do Esporte Clube Bahia, se posicionou contrário a possibilidade de alteração no escudo do clube.
Nada contra seu trabalho, mas eh mto bizarro esse movimento incipiente de aceitação de mudanças de nosso símbolos, o que, em grande parte, nos define enquanto tricolores. O que está, ou deveria estar à venda, eh o futebol do clube e não nossa identidade. Triste destino… https://t.co/AGqn8kPydw
— Darino Sena (@Darino_Sena) March 25, 2022
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