Após a aprovação e sanção da lei do clube-empresa, em agosto de 2021, algumas agremiações brasileira passaram a buscar a modificação no cenário atual da administração. O passo mais significativo, até então, saiu da compra do Cruzeiro pelo ex-jogador Ronaldo Nazário. Intermediado pela corretora XP especializada em investimentos em futebol, o empresário transformou o time mineiro em Sociedade Anônima do Futebol – chamada de SAFs.
Como resultado, esse modelo possibilita aos clubes a solicitação de recuperação judicial, assim como negociar dívidas na Justiça e emitir títulos de dívidas que podem ser adquiridos por investidores. Outros times brasileiros como o Chapecoense, Botafogo e América-MG se mobilizam para seguir o caminho do Cruzeiro. Segundo o sócio especializado nesse campo da consultoria, Pedro Daniel, em tempo reduzido existirá mais de dez clubes-empresa nas principais divisões do Brasil: “O mercado está bem aquecido nessa frente”.
O Coelho, por exemplo, articulou todo o caminho – auxiliado pelo projeto desenvolvido pela EY -, e está preparado para receber valores de investidores. Por outro lado, o Red Bull Bragantino, atua como uma empresa, contemplada por investimento da empresa austríaca de bebidas Red Bull, detentora de clubes em Salzburg e Leipzig, na Europa, e em Nova York. Outra equipe em ascensão no futebol brasileiro, o Cuiabá entrou na ‘onda’ e se tornou uma SAF, já que, anteriormente, também atuava como empresa.
Em suma, outros times como a Chapecoense, o Athletico-PR, o Juventude e Vasco da Gama estão em trâmite adiantado para conquistar o posto de SAFs, segundo Pedro Daniel. Um fator positivo sobre essa mudança no futebol brasileiro é um estudo da EY Sports, a seção da EY referente ao âmbito esportivo. De acordo com ele, aproximadamente 92% dos clubes das cinco ligas mais poderosas do mundo são empresas.
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