O Vitória na era Maracajá. O Bahia na era do Coaching

Li atentamente o último texto, de um estimado torcedor tricolor, amigo do blog, sobre uma provável desmotivação do elenco do Bahia, ao fazer uma equiparação com o time do Vitória. Na verdade, ao gelar suas cervejas belgas, com os importados salgadinhos (cuidado com a pressão arterial!), sentado numa confortável poltrona, modelo antigo, conhecido como “cadeira do papai”, esperava com os seus KKKK a goleada sobre o nosso rubro-negro.

Quando o Cruzeiro fez o segundo gol, deu ordem, para suspensão da bebida utilizada, para em seguida proceder, imagina-se, abertura de uma champanhe, comprada na sua última estada, em Paris, na loja Lavinia, no Boulevard de la Madeleine, ou na Lucien Legrand Filles & Fils, na rue de la Banque. A festa estava completa, no momento do segundo gol pensou o nosso amigo: “Se o Cruzeiro já era o favorito, imagine, ganhando de 2 x 0, com o Vitória atuando com menos um jogador? uma goleada será inevitável e se o Bahia não me faz feliz, esta derrota de nosso rival, será uma maravilha kkkkkkkk, que dor!, kkkkkkkkk”.

Faço votos que não tenha efetuado a abertura da caríssima champanhe, porque o Vitória de forma sensacional empatou o jogo, em pleno Mineirão, jogando com um a menos e perante QUARENTA E CINCO MIL torcedores adversários. Aí, deprimido, nasceu EUREKA de seu cuidadoso texto, ao descobrir (talvez a pólvora, perdoe-me) que os jogadores do Bahia não estão a se esforçar, como os do rubro-negro.

Aí, apesar de não gostar de imitação e sim de criação, mas seguindo a máxima do Chacrinha na época que nosso amigo tricolor estava lá no auditório, se esquivando das bananas lançadas, pelo falecido animador também surge uma EUREKA nossa, num comparativo, usando o túnel do tempo.

Hoje, o Vitória está sendo administrado, sob a era Maracajá. Raimundo Viana, pessoalmente, lidera seus comandados e todos lhe respeitam SEM GANHAR NADA. Usa os métodos “antigos” de decidir monocraticamente e levando aos atletas sua palavra, seu carinho e sua cobrança. Não se coloca em nível superior. Seus atletas são tratados como parceiros e não hierarquicamente distantes. Obviamente, terá sua queda, que é normal no futebol, mas mudou o Vitória a partir do segundo semestre passado.

E o nosso rival? Vive na era COACHING. Não tem dirigente, tem COACH. Vive na época da fatia da administração, sob comando de portadores de diploma e de certificados. Uma era dos doutores, dos formados e pós graduados em gestão de futebol. Realmente, esta nova visão administrativa faz “inveja” aos rubro-negros, que têm no seu prato farto feijão com arroz cheiroso e do dia! e lá? um diminuto prato francês, bem decorado, mas, para nós os “ignorantes em gastronomia”, só satisfaz quem fez cirurgia bariátrica.

Atahualpa – Torcedor do Vitória, amigo e colaborador do BLOG

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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