Encafifado até os cabelos dos dedos dos pés busquei investigar o “por que?” de um time com bons jogadores, numa competição contra times reconhecidamente inferiores no cenário futebolístico brasileiro, coleciona tantos tropeços inesperados até mesmo pelos rivais mais ferrenhos.
Sabidamente o Bahia é um Clube, hoje na série B, com um dos melhores plantéis e com um orçamento digno de um clube que disputa a elite. Afirmo isso não baseado não apenas numa particular premissa, mas apoiado pelo que leio e ouço nas mídias especializadas no assunto nos níveis local e nacional.
O Bahia começou a temporada “voando baixo” numa clara demonstração de que seria o franco favorito a conquistar tudo o que aparecesse pela frente. Campanhas irretocáveis nos certames disputados e muita solidez até aparecerem os principais adversários. Daí começaram os problemas aonde, mesmo com todas as vantagens conquistas nas fases classificatórias, perdeu solenemente todas as finais disputadas.
Hoje, na disputa pelo acesso, amarga sucessivos e comprometedores insucessos contra times fracos, até mesmo contra os egrégios da série C.
O que houve e o que está acontecendo!
Algo próprio para uma investigação bem detalhada e sistemática que colocaria o James Bond em segundo plano na busca da solução desse sinistro tabuleiro de “quebra-cabeça”.
Como iniciei afirmando estou encafifado, mas após sorver algumas cervejas, assistindo ao jogo do nosso rival contra o Cruzeiro (mais desvalorizado que o Real), hoje, tive aquele “estalo” (que não foi no ombro) que me apontou ao equacionamento do enigma: EUREKA !!!
Observei que os jogadores do time vicentino jogam com vontade! Brigam pelas bolas, acertando ou errando, mas, brigam pelo resultado incansavelmente até os minutos finais do segundo tempo.
Por que afirmo isso?
Os nossos principais jogadores, entre eles destaco: Hernane, Lomba, Thiago Ribeiro, Edigar Junio, Renato Cajá e Paulo Roberto, entre outros, se acham jogando na Série A, quando não estão passando de disputar uma sofrível segundona. Ao contrário, jogam cheio de “saltos altos”, com uma terrível letargia, tentando fazer o adversário os temer pelos nomes e feitos anteriormente realizados quando, deveriam ser mais sérios e concentrarem-se nas suas responsabilidades profissionais.
Os nossos contra-ataques parecem em câmera lenta! Quando não é num chutão dos zagueiros, chegando a bola no meio, os jogadores brecam a jogada e demoram uma eternidade para tentar uma jogada mais vertical, dando ao adversário a condição de melhor se defenderem.
Então ficou claramente simples e elementar descobrir o que está faltando ao Bahia, salvo as circunstâncias e devidas proporções:
Falta garra! Falta a gana! Falta a vontade de ganhar! Falta a disposição para a disputa!
Paulinho Fernando – Torcedor do Bahia, amigo e colaborador do BLOG