Diretoria ainda confia no novato Ricardo Silva

Técnico Ricardo Silva do Vitória, campeonato baiano, esporte clube vitória, ECVCoitado do Ricardo Silva! O time que comanda é líder absoluto do campeonato baiano, tem melhor ataque, melhor defesa, um dos artilheiros da competição, foi quem fez mais gols, o que menos levou gols, uma campanha invejável. Mas, foi só perder uma partida atípica contra os alagoanos e vitima de uma zebra que aparece de cem em cem anos contra o Itabuna, para pedirem a cabeça do homem. Venceu um BA x VI com sobra, perdeu outro com arbitragem questionável e com apenas 10 jogadores a partir de 24 minutos do primeiro tempo, mas todos esses números não importam, seu trabalho é questionado pela própria torcida rubro-negra, talvez por puro preconceito, por ser um santo de casa, daqueles que o ditado popular condena como incapaz de operar grandes milagres.

Aproveitamento de profissionais nativos soa como improviso e sempre será visto com pouca paciência e total intolerância pela torcida e, sobretudo, pela imprensa Esportiva da Bahia. Viva Mauro Fernandes! Confira abaixo, em matéria do Jornal a Tarde, o que diz a diretoria do Vitória sobre a permanência ou não do Ricardo Silva.

Até quem não tem muita intimidade no futebol sabe de duas leis quase empíricas no futebol: A mãe do árbitro sempre é xingada e a a cabeça do treinador quando um elenco não está bem.

Na teoria do técnico, as coisas pioram quando este comandante é novo no mercado e cheio de peito para receber as críticas. “A pressão dobra e as reclamações também quando se é novo na profissão. Mas tem que colocar a cara para bater, mesmo”, disse Ricardo Silva com sua primeira experiência como treinador efetivo do Vitória.

Mesmo líder absoluto do Estadual, o novato passa pela situação incomoda da desconfiança da torcida e por parte imprensa, que vê um time sem entrosamento dentro de campo. “Não vou reclamar das críticas. Prefiro pensar que todos esperavam mais, pois quando eu era interino perdi apenas uma e o time jogava solto. Estou buscando isto agora, mas a paciência não é a mesma do torcedor”, explicou.

Mas Ricardo Silva faz parte de uma estatística do Leão, como o atual presidente do clube, Alexi Portela, explica: “O Vitória revela jogadores e treinadores. Não só pela aposta, mas também pela necessidade. Todos reclamam de que precisa de um técnico de nome. Quem puder pagar, eu dou até meu cargo de presidente”, disse.

Os ex-jogadores sempre tiveram chance no clube, principalmente na era Paulo Carneiro, que não tinha receio de lançar comandantes no mercado. E a maioria gerou desconfiança, como ocorre atualmente com Ricardo Silva.

O melhor exemplo foi Toninho Cerezo. A vinda do ex-jogador não foi visto com bons olhos em 1999. Na época, substituía Ricardo Gomes, atualmente no São Paulo e que também foi colocado no mercado brasileiro através do Vitória. Cerezo só foi respeitado de fato quando terminou a temporada na terceira colocação do Brasileirão daquele ano.

Alias, Cerezo é a única revelação rubro-negra do banco que não conquistou título com o representante baiano. Pelo menos um Baianão a turma estreante conquistou. “Estamos buscando isto, né? É um título que o Vitória tem a obrigação de conquistar e o elenco está ciente disto”, garantiu Ricardo.

Para Alexi Portela, o treinador não está com o cargo ameaçado e a diretoria tem total confiança nele. “Não procuramos nenhum técnico, como estão dizendo. Temos confiança total em Ricardo. Porém, claro, tudo tem limite para qualquer técnico, seja experiente ou não”, disse o cartola.

O próprio técnico admite que seu futuro pode depender do duelo da próxima quarta, diante do Corinthians Alagoano. “Sei da confiança da diretoria, mas o jogo da Copa do Brasil será crucial. É uma decisão para mim e todo grupo. Só espero deixar o grupo em paz um pouquinho depois que vencermos o Corinthians”

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