Nadson chuta o balde e reclama até de salários atrasados

Quem viu surgir o abusado Nadson em 2003 não poderia prever a saída pela porta dos fundos do Barradão. Ele deixou o posto de artilheiro nato, ídolo da torcida rubro-negra, para o ostracismo do G-2 – grupo dos jogadores que não vêm sendo aproveitados por Paulo César Carpegiani no Vitória, neste Brasileiro.

Mais: foi oficialmente comunicado de que não está nos planos do treinador. “Tô numa situação muito chata no clube. O Raimundo Queiróz já me chamou lá em cima (no administrativo) para me comunicar isso”, revela o atacante.

Nem a carreira recheada de gols parece convencer. Só este ano, Nadson marcou oito em dez partidas com a camisa rubro-negra. “É um jogador em que não vi muito. Cheguei aqui e ele estava machucado. Coloquei em dois amistosos e depois se machucou novamente. Acho que a diretoria tem outros planos para ele”, pondera Carpegiani.

DISPENSA
Ao que tudo indica, é o próximo na lista dos jogadores que aos poucos vão deixando a Toca. Luciano Almeida, André Luís, Rafael Bastos… todos relegados a um grupo separado. “Sou totalmente contra o G-2. Ali, você está excluído. Tem dias que eu nem almoço para treinar. Tô treinando 13h30! Só academia! Acho isso uma falta de respeito”, reclama.

E esse não é o único exemplo. Nadson foi cortado no vestiário, momentos antes do clássico decisivo no Baiano. “Com a história que eu tenho no Vitória e em Ba-Vis…”, questiona. “Não recebi medalha, nem faixa. Fiz oito gols e, quando saí, por lesão, estava disputando a artilharia com o Neto, um grande jogador”.

O problema não é falta de empenho, garante; é cumpridor de suas obrigações, e não há nada que desabone sua conduta no clube em 2009. “Torcedor tem que acompanhar o clube. Lá no Corinthians, tem duas mil pessoas nos treinamentos. É preciso vivenciar, saber o que acontece lá”, acredita.

SALÁRIOS
O atacante lembra outros casos como o dele, comuns no Vitória desde 2008. Os encostados de um elenco que chega a ter 42 jogadores. Rafael, Gláucio, Cristian… Sem chance e sem salários. “Tô com um mês na carteira para receber e dois salários de imagem. E não sou só eu. Tem gente até do grupo principal sem receber”.

E finaliza o desabafo declarando amor à torcida. “Peço desculpas a eles. São maravilhosos. O que mais queria era poder jogar. Mas, se não tenho oportunidade, é melhor acertar minhas contas e sair”. Com informações do correio

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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