Vampeta não é Pelé

Nelson Rodrigues, ao comentar esse caso “Vampeta/Marcelo”, diria que a melhor fase da vida é a velhice, porque por trás dessas caras feias e bonitas das televisões existem moleques que ainda não conseguiram superar o padrão do “machão pernóstico” que bate em mulher e vai tomar satisfação do vizinho pela possível transgressão feminina de pular a cerca para a cama do vizinho.

Hoje, o valor da mulher não está mais em obedecer a uma macho autoritário, como os antigos casamentos tradicionais sugeriam: “até que a morte os separe”. Muito pelo contrário, as mulheres, verdadeiramente, superaram os grilhões que a prendiam emocionalmente, como também profissionalmente já não dependem de homens que as vêem ora como objeto de adoração, ora como objeto para castigar.

Nesse caso, há um componente a mais: a agressão de Vampeta a um jogador do Bahia se deu no seu local de trabalho. Ele invadiu a concentração do maior clube de massa da Bahia para bater em um jogador do seu elenco. Nada mais sugestivo para o ex-jogador da seleção voltar a mídia, dessa vez não mais por suas cambalhotas e agressão a sua mulher; agora, por sua postura primitiva, ele mexeu com a torcida do Bahia, que já mirou o ex-jogador do Vitória com ameaças e a velha boa gozação dos baianos.

Vampeta gosta de aparecer e estar na mídia, no entanto, não distinguiu o ridículo das suas aparições das boas fases em que ele chegou até a seleção brasileira. O cuidado com a imagem é um dos dons que Pelé, nosso rei, tem e pode fazer preleções para Vampeta e cia. Podem acusar Edson Arantes do Nascimento de muitas coisas na sua vida particular, jamais sobre sua postura como homem que honrou a fé que o povo depositou em sua melhor criação: Pelé.

Maurício Guimarães

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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