Bahia tenta hoje exorcizar o fantasma do Jóia da Princesa

05/08/2008 às 4h19 Dalmo Carrera

A Ponte Preta, integrante do G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro, em 4º lugar na tabela de classificação, zona que garante vaga para a Série A em 2009, é o adversário perfeito para o Bahia exorcizar o fantasma do estádio Jóia da Princesa, esta noite, em Feira de Santana. Um triunfo, além de quebrar a série de empates, pode levar o time baiano até a 6ª colocação, com tropeços de Vila Nova e Ceará, além de evitar a ascensão da equipe de Campinas.

A Ponte Preta, pela própria posição que ocupa na tabela, é um adversário difícil, só que a preocupação da torcida do Bahia, que não tem apoiado o time baiano no interior do Estado, é o “tabu” dos jogos em casa. O histórico jogando como mandante em Feira não é favorável: uma derrota, cinco empates e apenas uma vitória.

O alento da torcida pode ser o retrospecto diante da Ponte Preta. O Bahia venceu as duas últimas partidas realizadas em território baiano. Em 2002 ganhou por 2 a 1, e no ano seguinte, por 1 a 0. Os dois jogos foram válidos pela Série A do Campeonato Brasileiro.

Além do fantasma do Jóia da Princesa, o Bahia terá de quebrar uma outra marca. Em toda a Série B deste ano, a equipe ainda não conseguiu vencer duas partidas consecutivas. O entusiasmo de um triunfo fora de casa, como o de sábado contra o Brasiliense, era sempre diminuído por um empate ou uma derrota em Feira de Santana.

E para quebrar esta marca, o técnico Arturzinho não poderá contar com o atacante Marcelo Ramos. O resultado do exame feito no atleta para diagnosticar a lesão sentida contra o Brasiliense só deve sair hoje. Assim, o jogador continua vetado pelo departamento médico. Melhor para Paulo Roberto que terá a chance de iniciar a partida de hoje.

Na lateral-direita, Marcone será mantido mesmo com o retorno de Luciano Baiano. Já na ala esquerda, apesar das dores musculares, Ávine foi confirmado pelo treinador para enfrentar a Ponte Preta.

Enfim, um meia

Sete meses depois do início da temporada o Bahia finalmente contratou o meia-atacante pedido desde quando o ex-treinador Paulo Comelli assumiu o tricolor para a disputa do Baiano. Prevista para amanhã, a chegada de Caio, 27 anos, é como um parto, ainda que prematuro. Fica no Fazendão até o final da Série B.

O currículo é respeitável, com passagens pelo Paraná, Flamengo e Coritiba, clube pelo qual disputou a Série B e marcou oito gols. Jogou também nos paulistas Rio Branco, Rio Preto e Ituano, além do futebol coreano. O último clube foi o Al Ahli, da Arábia Saudita, onde estava desde 2007 e venceu a Copa do Príncipe. Mas não atua desde maio.

Arturzinho aprovou a contratação. ‘Jogador experiente, de alta qualidade, rodado’, confia, sem eliminar a necessidade de mais um meia no elenco. Irênio, do Atlético Paranaense, já acertou as bases salariais com o Bahia, mas depende de um acerto financeiro com o time curitibano para assinar com o tricolor.

Emerson Cris e Darci jogaram ao lado de Caio no Paraná. ‘Ele é rápido e parte para cima dos adversários. Em 2003, Renaldo, que depois jogou até aqui no Vitória, fez de dez a 13 gols, uns sete de pênalti, e eu lembro que Caio cavou a maioria’, diz o goleiro.

Além de Caio, o lateral-direito Rogério, 26 anos, assina contrato até o final do campeonato. Ele estava em teste no Fazendão e defendeu o Atlético de Alagoinhas durante o Estadual.

Ávine será julgado hoje pelo STJD. Pode ser suspenso de 120 a 540 dias, pela expulsão contra o São Caetano. Mas a punição, se acontecer, só será válida a partir de amanhã e o garoto de 20 anos pode enfrentar a Ponte. Com informações da Tribuna e Correio da Bahia

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