Com Mancini, é tudo ou nada!

Vágner Mancini tem o hábito de montar times ofensivos. Novato na carreira de treinador, aceitou o desafio de subverter a tendência dos marcadores e optar por jogadores criativos, mas solidários ao sistema defensivo.

Moldado à sua imagem e semelhança, o Vitória se recusa a lutar por um único ponto. É o time que menos empatou no Brasileiro. Em 17 rodadas, só se igualou a Sport e Coritiba, e porque a bola teimou em não entrar.

Mesmo assim, em ambos os jogos, o apito influenciou no empate.

Contra o Sport, um gol de cabeça do zagueiro Leonardo foi anulado e diante do Coritiba, foi a vez de o bandeirinha assinalar uma série de impedimentos inexistentes do ataque do Vitória.

Basta procurar e lá estão Marcelo Cordeiro, Ramon, Marquinhos e Dinei, sempre dispostos a encontrar o caminho do gol. “O Mancini sempre foi assim”, assegura Rafael Zochetti, editor de esportes do Jornal de Jundiaí. “Estive assistindo a uns jogos do Vitória e lembrei muito do Paulista de 2005”.

O campeão da Copa do Brasil tinha Márcio Mossoró na função desempenhada atualmente por Marquinhos, analisa. O futebol solto ganhou o torcedor. Mancini passou três anos em Jundiaí e, apesar dos 153 jogos, colecionou apenas 39 empates.

Só deixou o interior paulista para dirigir o Al Nasser, dos Emirados Árabes. O retorno ao Brasil aconteceu através do Grêmio, clube em que atuou como volante na temporada 1995.

A opinião no Sul é semelhante quando o assunto é o ideal ofensivo, apesar da passagem rápida. “Com ele não tem meio-termo, é buscar a vitória. O pessoal gosta muito dele, mas seu tipo de jogo é mais leve que o gaúcho. Aqui, eles (dirigentes de clube) dão muita atenção à marcação”, pondera Luís Henrique Benfica, repórter que cobre o Grêmio pelo jornal Zero Hora há 20 anos.

Segundo o jornalista, o treinador conserva o estilo “agudo” que o definia nos tempos de bola no pé – volante com escapadas constantes ao ataque.

Por lá, a montagem do time contribuiu para derrubá-lo depois de seis rodadas. “No meio-campo, ele usava o Roger e o André Luís, que é um jogador muito ofensivo”, recorda. A diretoria optou por se precaver e contratar o “brucutu” Celso Roth.

O que pareceu defeito aos olhos gaúchos soou como qualidade aos ouvidos baianos. O Vitória de Mancini conquistou o Campeonato Baiano; venceu a segunda partida contra o Paraná, na Copa do Brasil; é o quinto no Brasileirão.

O número de vitórias o coloca em vantagem no primeiro critério de desempate. Adversário das 20h30 de amanhã, o terceiro colocado Palmeiras tem dois pontos de frente, mas os mesmos nove triunfos.

A invencibilidade alviverde no Parque Antarctica não parece preocupar. O técnico só aguarda Dinei para remontar trio ofensivo com Ramon e Marquinhos.

O artilheiro da equipe se recupera de uma lesão no dorso do pé e será submetido a um último teste hoje. Mas o problema está bem mais atrás. A ausência da defesa titular pode expor o outro lado da moeda rubro-negra: o número de derrotas.

O time é o que mais perdeu dentre os sete primeiros colocados: seis vezes. Responsabilidade extra sobre os ombros de Wallace e Marcelo Batatais _ primeira partida no nacional deste ano.

Pesa ainda a constatação de que o Vitória foi derrotado por todos os integrantes do atual G-4 da Libertadores 2009, à exceção exatamente do Palmeiras, próximo adversário, amanhã, em São Paulo. Com informações do Correio da Bahia
Vitória anuncia a contratação de mais um atacante
O Vitória anunciou nesta terça-feira a contratação do atacante Osmar, do Palmeiras. O jogador deve se apresentar sexta-feira ou sábado ao treinador Vagner Mancini.

Com 28 anos de idade, Osmar nasceu em Marília, no dia 23 de julho de 1980. Osmar mede 1,74m e pesa 69 kg.

Osmar tem passagem pelo futebol mexicano e japonês e começou no Rio Branco, de Americana (SP) no ano de 1997. Foi campeão da Copa do Brasil em 2004 pelo Santo André e Paulista este ano pela equipe do Palmeiras.

A contratação foi aprovada pelo treinador Vagner Mancini. “Osmar é um jogador de muita força, não é um homem de referência, e joga pelos dois lados do campo”, diz o treinador.

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