632km de amor e paixão pelo Bahêaa…

Vida de torcedor não é nada fácil. Aqueles que decidiram acompanhar o Bahia no duelo contra o CRB, em Maceió, sabem bem disso. Esses “guerreiros” passaram por sentimentos completamente diferentes em menos de 24 horas. Da expectativa de uma viagem de 632 quilômetros, mais de sete horas em um ônibus, à alegria da vitória, combinada com a apreensão na saída do estádio Rei Pelé. Nada diferente do que o torcedor que faz tudo para ver seu time do coração está acostumado a sentir. Odisséia acompanhada de perto pela reportagem da Tribuna da Bahia.

Foram cinco ônibus que partiram de Salvador. Um de torcedores comuns e dois da torcida organizada Terror Tricolor, na noite de sexta-feira, e outros dois da Bamor, na manhã de sábado. Eram 250 tricolores a caminho de Maceió para se juntar àqueles que já estavam na capital alagoana. “Hoje vocês (baianos) vão mandar aqui no Rei Pelé”, era o que mais se ouvia pela cidade.

A primeira caravana a cair na estrada foi a dos torcedores “comuns”. Regada a muita cerveja, fruto de uma vaquinha, o ônibus deixou Salvador às 21h40 de sexta-feira. Com bandeiras e camisas do lado de fora e ao som do hino do Bahia, ia contagiando e recebendo demonstrações de apoio até a chegada à Linha Verde.

Antes de pegar a estrada, “Seu Zé”, o motorista, fez o acordo: “Quando eu piscar as luzes é porque tem posto da Polícia Rodoviária e é para todo mundo sentar”. Combinação que não adiantou muito. Por duas vezes, policiais sergipanos e alagoanos pararam o ônibus em busca de irregularidades, mas nada en-contraram. A caravana chegou a Maceió pouco depois das 5 horas. A euforia vista na saída de Salvador se repetiu na capital alagoana. Mas foi logo contida depois do aviso de um taxista. “É melhor não gritar muito. O pessoal daqui é cismado e não gosta disso”.

O mesmo recado foi dado novamente horas depois. Já na preparação para o jogo, após uma manhã nas praias da cidade, a torcida iniciou sua concentração em um bar freqüentado por torcedores do CRB. A mudança de local só aconteceu depois que o dono do estabelecimento se recusou a continuar vendendo cerveja com medo de incidentes. Por Raphael Carneiro

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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