A grande vitória sobre o Corinthians foi um bálsamo para a administração do Bahia, uma vez que, esta semana, a Justiça exigiu novos documentos sobre as prestações de contas das administrações 2005 e 2006 e o estresse aumentou com acusações no site oficial do clube. Como normalmente acontece com o flutuante coração do torcedor, agora todo mundo está perdoado. Até que uma nova derrota deixe todo mundo nervosinho outra vez.
O goleiro Felipe deve estar pra lá de arrependido por ter sido linguarudo durante a semana. Mas bem que a provocação do corinthiano, ao revelar seu ódio ao Bahia, mostra sinal dos tempos. Antes, as declarações exageradas de jogadores, como Dadá Maravilha, que batizava seus gols e tudo, davam sabor ao futebol. Agora, tudo vira ofensa! O mundo está mesmo mudado. Nelson Rodrigues ficaria surpreso ao ver tantos idiotas da objetividade proliferando. Para ele, o ódio é que dá sabor ao futebol, pois a identificação clubística se constrói sobre o alicerce da repulsa ao adversário, muito mais que pelo amor ao nosso clube do coração.
Os representantes de clubes da 1ª divisão do Campeonato Baiano tiveram reunião com os diretores da TV Record, terça-feira. Na pauta, muita conversa sobre os direitos de transmissão do estadual 2009. Embora a emissora já tenha acenado com aumento no repasse, os clubes querem pôr fim às cotas. É que parte da verba pinta em espécie e a outra depende da habilidade de cada clube vender inserções de publicidade, a popular ‘cota’. A maioria não consegue, deixando de lucrar.
Os tricolores do alto escalão do governo chegaram a pensar em pintar o estádio metropolitano de Pituaçu de azul, vermelho e branco, mas a resistência rubro-negra disse: alto lá! Para não ficar muito na pinta a ajuda que o estádio representará para o Bahia, o melhor caminho parece ser usar as cores da pátria, o verde e o amarelo. Com informações do Correio da Bahia