Vitória pode bater marca defensiva da temporada

Bastante criticada pela quantidade excessiva de gols sofridos na temporada, já foram 46 em 34 jogos, média de 1,35, a defesa do Vitória tem melhorado. Há duas partidas, por exemplo, não é vazada. Se não tomar gol domingo, contra o Ipatinga, no interior mineiro, o setor defensivo vai bater o recorde de três partidas seguidas ileso. Somente em duas oportunidades a “cozinha” reagiu com firmeza aos ataques adversários: empate sem gols com o Atlético de Alagoinhas, no Barradão, seguido por triunfo por 3×0 sobre o Poções, no Heraldo Curvelo, pela quinta e sexta rodadas do Campeonato Baiano, respectivamente.

Houve muita inconstância na composição defensiva do Vitória, um dos motivos para a incidência de gols tomados. São 11 os jogos em que a equipe passou ‘‘em branco’’. O zagueiro Anderson Martins, revelado nas divisões de base, é o mais visado por imprensa e torcida.

Entretanto, é quem foi prestigiado pelo ex-técnico Vadão e mantido por Vágner Mancini. São 31 partidas, recorde compartilhado com Bida. Mesmo criticado por todo lado, ele diz que nunca se abateu. “O atleta não deve ficar abalado com as críticas e sim trabalhar muito para ganhar a confiança do treinador. A partir do momento que a nossa equipe encaixou no esquema do treinador, passamos a tomar menor gols”, argumentou.

Para o técnico Vágner Mancini, o sistema mudou de estilo. Além da presença dos dois volantes Vanderson e Renan, de marcação mais forte, embora com liberdade para avançar, os atacantes aumentaram o combate. “Acho que todo mundo entendeu que o Vitória tem que marcar em todos os setores. O nosso time não deixa o adversário jogar. Se o time jogar espalhado, a dificuldade será muito maior e os erros fatalmente acontecerão”, explicou.

Um dos mais experientes, o zagueiro Leonardo Silva disse que ele e Anderson Martins sempre conversam bastante e isto contribui para o entrosamento entre ambos como também na orientação aos laterais. “O time hoje está com mais consciência técnica e isso é muito importante. Os dois zagueiros dão uma proteção muito importante e os atacantes estão marcando”, elogiou.

Jorginho Sampaio: A idéia é vender, mas só entregar no fim do ano.

Toda negociação de jogador é isso. Aconteceu com as revelações da década de 1990 (Dida, Rodrigo, Vampeta, Júnior, Alex Alex e Cia.), com os talentos da virada do século (Fernando, Dudu Cearense, Leadrinho, Fábio Costa, Matuzalém, Leandro Bonfim etc.) e segue se repetindo mais recentemente (Nadson, Adailton, Obina e afins). A notícia se confirma, setores de torcida e imprensa esbrevejam, a diretoria tenta se explicar.

A bronca da vez é com a venda do atacante Marcelo Moreno, que já pertencia ao Cruzeiro, para o ucraniano Shakhtar Donetsk. Pouco mais de um ano depois de comprá-lo na mão do Vitória por R$ 1 milhão, a Raposa conseguiu mandá-lo para o Leste Europeu por cerca R$ 23,5 milhões. E o rubro-negro, muito embora clube formador, só vai ficar com 2% do valor – aproximadamente R$ 470 mil.

Necessidade – Procurado para comentar o assunto, o presidente Jorge Sampaio alega que não há como a política do Leão ser diferente. Apesar do acesso à Série A e do aumento das receitas, as despesas teriam aumentado proporcionalmente.

Pior: pelo planejamento do início da temporada, o balanço vai ficar R$ 10 milhões no vermelho. A saída, portanto, seria inexoravelmente a saída dos pratas-da-casa. “Todas as quatro da nossa administração aconteceram por necessidade absoluta. Agora, vender não significa entregar”, diz, referindo-se ao zagueiro David Luiz (US$ 1,3 milhão ao Benfica, de Portugal); a 70% do passe do lateral-direito Apodi (R$ 700 mil) e a 50% do meia Leandro Domingues (R$ 500 mil, mais alguns empréstimos). Os últimos dois para o Cruzeiro, assim como o boliviano Moreno.

Mesmo assim, o cartola diz ter sido coincidência: “Não existe isso de parceria. Odeio o Cruzeiro, quero que eles se danem, mas foram quem apresentaram proposta concreta”.

O próximo da lista seria o atacante Marquinhos. “Não tenho bola de cristal, mas ele está bem valorizado no mercado. Já recebemos umas consultas”. Também haveria interesses em Bida, Anderson Martins, Willians e Stefan. “Mas, para nós, proposta só vale escrita. De boca toda semana surge”. A idéia é vender, mas só entregar no fim do ano. Essas informações são do A Tarde

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