Mancini usa coletiva para justificar equívocos

A primeira derrota de Vágner Mancini como treinador do Vitória foi estrondosa: goleada por 4×1 diante do Bahia, no Barradão. Pressionado pelo rendimento abaixo do esperado do time, justificou na coletiva o fiasco do ex-líder, agora terceiro lugar no quadrangular.

Questionado sobre a troca na ala-direita de Marco Aurélio pelo meia Willians Santana, que ainda não havia sido titular sobre seu comando, defendeu: “Usei os critérios de sempre. Willians foi testado na ala durante a semana (final do coletivo de sexta-feira)”, resumiu, lacônico.

Nos bastidores, comentou-se o interesse do Atlético-PR no atleta, e o presidente do Conselho Deliberativo do Furacão, Mário Celso Petraglia, assistiu ao Ba-Vi como convidado. Técnico, rebateu que Willians também era arma para segurar os avanços de Ávine, autor das duas primeiras assistências a gol. “Não podemos culpar um ou outro. Quando perde, perde o grupo inteiro. Não adianta citar nomes”, defendeu-se Willians.

Mancini assumiu que a escolha pelo sistema de três zagueiros não foi a ideal. O sistema, inclusive, foi descartado para o clássico de Feira de Santana. “Não pretendo repetir o esquema. Não gosto! Usei pois pensei em suporte defensivo que não veio”, assumiu. O zagueiro Leonardo acrescentou: “Problema não é desentrosamento. No primeiro gol, tínhamos cinco jogadores na área e permitirmos que Alison concluísse sozinho”.

“Depois do 1×0, o Bahia jogou no nosso erro e aproveitou bem. Abrir 3×0 acaba desestabilizando. Na segunda etapa, tomamos outro gol e nova instabilidade. Vanderson foi expulso e deu mais desequilíbrio nos setores”, lamentou, certo do trabalho que será levantar a moral do elenco para os três jogos finais.

Apesar da goleada, o treinador, ponderado, observou pontos positivos. “No início, o Bahia sentiu dificuldades e passou a usar bolas longas. Estavam sem alternativa de saída, mas, até porque, sem Rodrigão, a bola ia e voltava rápido à nossa defesa”.

A escolha de Jackson esteve amparada por avaliação médica, ratificada pelo próprio meia. “Jackson não saiu por lesão. Muita coisa vai ser levantada e dita. Vamos responder. Futebol é assim, com muita gente querendo achar motivos”, rebateu.

Se já sentiria alguma ameaça com relação ao seu trabalho, fosse precipitada ou não, limitou-se a transferir a pergunta: “O meu trabalho no Vitória, não sei, esta pergunta é para os dirigentes”.Correio da Bahia

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