Um dia depois da tragédia que matou sete pessoas no estádio da Fonte Nova, em Salvador, a delegação do Bahia desembarcou nesta segunda-feira em Uberlândia-MG, onde está concentrada para a última partida da equipe pela Série C, na próxima quarta-feira, na cidade de Intumbiara, contra o Crac-GO. Jogadores e o técnico Arturzinho comentaram o acidente, ocorrido no final do empate sem gols com o Vila Nova, que garantiu o Bahia na Série B do próximo ano.
Adotando o discurso do profissionalismo, o treinador procurou desvincular a tragédia do desempenho do Bahia no próximo jogo. “Vamos tentar fazer com que isso não interfira no ânimo dos jogadores. Temos de ser profissionais e deixar esse problema de lado na hora de entrar em campo”.
Apesar disso, Arturzinho reconheceu que é impossível permancer indiferente à morte dos torcedores. “Todo mundo ficou abatido. Era um dia para festejar. Comemoramos na sáida do gramado e nos vestiários mas, quando ficamos sabendo, acabou a graça. Foi muito desagradável, era um dia para ser comemorado, o Bahia estava há muito tempo sem conquistar nada”, ponderou.
Para o zagueiro Eduardo, o acidente e as mortes ficarão marcados para sempre. “Isso nunca tinha acontecido em minha vida. Misturou a felicidade de colocar o Bahia na Série B e a tristeza pelo acidente”, lamentou o defensor.
O atacante Neto Potiguar disse ter ficado confuso após o acidente, só percebido pela maioria das pessoas que estavam no estádio tempos depois de ocorrido: “Não consegui ver nada. Só fui entender alguma coisa quando vi os torcedores correndo”, afirmou.UOL/Adaptado