Paiva defende modelo de jogo no Bahia: "Às vezes ganhar sem jogar nada me deixa triste"

Paiva defende modelo de jogo no Bahia: “Às vezes ganhar sem jogar nada me deixa triste”

Apesar dos erros Renato Paiva voltou a defender esse modelo de jogo e afirmou que é "mais benéfico do que prejudicial".  

Paiva defende modelo de jogo no Bahia: “Às vezes ganhar sem jogar nada me deixa triste”
Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Após amargar derrotas para Sampaio Corrêa e Jacobinense, o Esporte Clube Bahia retomou o caminho dos triunfos vencendo o Vitória por 1 a 0, no clássico Ba-Vi disputado na Arena Fonte Nova, pela 5ª rodada do Campeonato Baiano. Apesar do triunfo, o técnico Renato Paiva citou os erros defensivos cometidos pela equipe ao tentar sair jogando, em dois deles, deixando o rival criar ótimas chances de marcar.

 

Em vários momentos da partida, o torcedor ficou preocupado com os passes trocados no sistema defensivo. Diante do Sampaio Corrêa, o goleiro Marcos Felipe ao tentar sair jogando com os pés, acabou entregando o gol ao time maranhense. Apesar dos erros Renato Paiva voltou a defender esse modelo de jogo e afirmou que é “mais benéfico do que prejudicial”.

“Se a partir de amanhã eu só jogar com chutões para frente, a torcida vai dizer que não é futebol, e eu vou concordar. O erro nesta fase da temporada é normal, e a torcida precisa se preparar para isso. Acredito que esse tipo de jogo é mais benéfico que prejudicial. Quero ter sempre a bola, mas isso é utópico. No futebol não é possível. Por isso quero que meu time saiba jogar e tenha a bola, mas quando for preciso defender em blocos, quero que saibam fazer isso também.”, disse.

“Dá para viver com isso. Foi assim que cheguei aqui e vai ser assim que vou continuar. Cheguei aqui por esta ideia de jogo. É difícil porque todos querem ganhar. Ninguém quer perder. Mas o torcedor vem para o estádio ver o time jogar, e não para ver o time correr atrás da bola. E quem pensa assim tem que estar pronto para perder também. A pressão existe, mas tem que ser em cima da função do jogo. Perdeu? Mas perdeu no detalhe, como foi contra o Sampaio Corrêa. Eu também vivo para ganhar, mas ganhar todas é impossível”.

“Temos um caminho, uma estratégia. Sabemos o que queremos e como queremos. Quero que o torcedor sinta orgulho desta equipe, por isso digo que eles são campeões de vibração. Não vamos ganhar sempre. Nem eu, nem o Guardiola, nem ninguém. Por isso me preocupo com as formas. Às vezes ganhar sem jogar nada me deixa triste. Triste porque me preocupo com o processo.”

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Baiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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