O BAHIA NÃO DÁ UM MINUTO DE PAZ AO SEU TORCEDOR!

Num campeonato parelho e nivelado por baixo como o Brasileiro de 2021, o Bahia conseguiu ser medíocre

Foto – Felipe Oliveira/EC Bahia

“O ESPORTE CLUBE BAHIA NÃO ME DÁ UM MINUTO DE PAZ!!!!!”. Reposto aqui um comentário que li nos vários canais independentes que falam diariamente do nosso Esquadrão e, pela franqueza dessa assertiva, não me restou nada, se não tentar escrever algo sobre o sentimento que paira sobre nosso atual cenário. Insta reportar que é um cenário que se repete a alguns anos na gestão Bellintani, pois, nacionalmente a diretoria se contenta, ano após ano, com a permanência na Série A, sem outra ambição, o que é não condiz com o que o clube é, foi e sempre será, um gigante.

 

O planejamento esportivo é uma tragédia e a diretoria de futebol parece que conhece plenamente de: vôlei, tênis, basquete, bola de gude, porrinha, pôquer, dominó, menos do futebol. Vivemos, ano após ano, com erros no perfil dos jogadores que aqui pisam, nas comissões técnicas que não sabem extrair dos atletas o máximo e na falta do plano de divisões de base para que jogadores que aqui passem não pensem que aqui é um parque de diversões ou uma colônia de férias.

O crescimento do futebol cearense escancara uma distância no trato dado ao futebol jogado em campo, afinal, os clubes de lá não se conformaram em apenas fugir do rebaixamento, além de colocar clubes com jogadores competitivos e dedicados em campo. Ceará e Fortaleza são clubes que sabem o perfil dos jogadores que ali estão, que cobram seus atletas de fato, que olharam o futebol em campo como prioridade e que hoje colhem os frutos de ter entendido que o desempenho em campo faz todo o resto girar. Compreenderam que o melhor marketing é o placar do jogo e a posição na tabela de classificação, que isso oxigena o entorno, traz visibilidade, respeito e retorno financeiro, além de elevar a marca do clube a patamares maiores no cenário mundial, não só local.

O Bahia, sem nos dar um minuto de paz, conseguiu feitos que o coloca onde está hoje, dando pontos a adversários diretos e se colocou diante com um cenário tenebroso, que é enfrentar o líder Atlético-MG jogando pelo título, precisando triunfar contra a melhor equipe do país. O Bahia em 2021 entregou pontos para adversários diretos como o rebaixado Sport e passou sete rodadas seguidas sem conseguir um mísero empate, por essas e outras, encontra-se onde está.

Num campeonato parelho e nivelado por baixo como o Brasileiro de 2021, o Bahia conseguiu ser medíocre. Nesse cenário a exceção é seu torcedor, esse sim é da mais alta prateleira, que anda de mãos dadas com o clube, onde quer que esteja, mas, que vem amargando esse enredo do seu grande clube se comportar em campo como um time pequeno, eivado de covardia, sem o menor repertório técnico e com poucos ajustes que permite a gente olhar o time como um time de futebol que nos encha os olhos.

Em tempo, como o futebol é imprevisível o Bahia pode sim ganhar do Galo, vai jogar na Fonte Nova onde seu primeiro jogador é o torcedor, mas, caso se ganhe e se livre do rebaixamento, é difícil acreditar que em 2022 haverá uma mudança no cenário, pois o filme se repete e a torcida é a ultima a ser ouvida, ou seja, quem está fazendo o futebol do Bahia vai continuar e apenas seremos mais uma vez coadjuvantes de Serie A ou então potencial favorito da Segunda Divisão de 2022 como participantes.

Se os jogadores não tem vergonha na cara nós temos, se a diretoria não sabe agir de modo profissional na gestão de time cobrando os caras, nós, torcedores sabemos o que é bom para nosso clube e queremos ter voz, pois a vida depois da desgraça acontecer segue para os que saem, e nós, que nunca abandonamos continuaremos sempre ao lado do nosso clube de coração.

JAMAIS ABANDONAREMOS

Diego Campos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

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