O Grêmio foi dominado e perdeu para o Bahia neste sábado na Arena Fonte Nova, pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro. Nos acréscimos do segundo tempo, uma cena inusitada e esdrúxula. O técnico Renato Gaúcho se revoltou com o árbitro Bráulio da Silva Machado após expulsão de Diego Costa e mandou todos os jogadores do banco para o vestiário antes do final da partida.
Diego Costa foi expulso aos 46 minutos do segundo tempo, após uma reclamação já no banco de reservas. Depois do cartão vermelho, Renato fez o sinal com as mãos que o jogo havia terminado e apontou para todo o banco deixar o gramado. Até mesmo o treinador saiu, ficando em campo apenas o médico Paulo Rabaldo e o massagista Anderson Meurer. Após o apito final, os jogadores gremistas partiram para cima de Bráulio, que precisou de escolta policial para sair do campo.
Na entrevista coletiva após a partida, Renato disparou críticas contra a arbitragem e contra a CBF. Ele citou John Textor, que está fazendo acusações de manipulação de resultados, e também reclamou da presença do baiano Jailson Macêdo Freitas ao lado do 4º árbitro. Porém, apesar da revolta, o treinador admitiu que “o Bahia jogou melhor e mereceu vencer”.
“Minha vontade é pedir demissão, tirar férias e ir para a praia. Sem sacanagem. A gente trabalha, trabalha, trabalha, para ver essas coisas. Seu Jailson Macedo de Freitas é o diretor de arbitragem da Federação Baiana, estava do lado do quarto árbitro onde não poderia estar, diz que viu Diego Costa falando uma coisa, que não disse. Estava onde não poderia estar. Acha que eu ia deixar meus jogadores no banco para serem expulsos? No primeiro tempo Soteldo sofreu uma falta, quase quebraram ele, o árbitro deixou seguir. No segundo tempo, com Cristaldo. Estamos dizendo que o Bahia estava fazendo cera o tempo todo, ele deu seis minutos. Temos que parar e pensar no futebol brasileiro, até onde CBF e (Wilson Luiz) Seneme querem que campeonato ande normalmente? Ou será que temos que dar mais atenção ao presidente do Botafogo pelas declarações?”, indagou.
“Hoje tinha que ter no mínimo dez minutos de acréscimos, ele deu seis. Vocês querem que levemos o futebol brasileiro a sério? Sério mesmo? Se depender do presidente, vamos só com a molecada no Campeonato Brasileiro. Já vimos o que aconteceu contra o Vasco e em outros jogos. Estamos na quarta rodada. Aí é demais. Hoje um ex-árbitro, presidente da federação baiana, do lado do quarto árbitro, onde não poderia estar. E vai fazer nosso jogo com Operário. É uma esculhambação ou não? Como querem que levemos a sério? Ou a CBF e Seneme tomam vergonha na cara… Hoje foi demais. Ou se dá um jeito de uma vez por todas ou vou falar para meus jogadores serem mais malandros, fazerem cera, provocarem adversário. Vem o presidente da federação baiana e manda expulsar um cara nosso. Realmente, o sistema é foda. É nadar contra a maré”, reclamou.
O treinador respondeu se a arbitragem tem sido protagonista desse ano. “Desse ano? Você está sendo gentil. Não sou que que tenho que ver essas coisas. Árbitros tem que ser profissionais, treinar durante a semana, ir para a sala de aula todo dia. Não pode trabalhar durante a semana, sair e apitar jogo importante com 50 mil pessoas no estádio. Se punir a arbitragem por cada jogo, tem que ter muitos árbitros. Eu defendo a arbitragem, mas trabalho com meu grupo a semana inteira. É nossa profissão. Para chegar no dia do jogo e torcedor ver isso, estou cansado. Todo ano é a mesma coisa. Isso é coma CBF, com Seneme, e amanhã tem mais, não acabou a rodada. Vejo o que acontece nos jogos de Série A e Série B também”, completou.