A Juazeirense ao contrario de anos anteriores, não fez uma campanha no Campeonato Baiano. Com uma reação apenas nas últimas rodadas o time finalizou sua participação apenas na oitava posição com 10 pontos e duas vitórias, perdendo espaço para o Vitória da Conquista, Bahia de Feira e Atlético de Alagoinhas no comando no futebol do Inteiro do estado. Fracassou na Copa do Brasil apesar do bom jogo contra o Vasco empatado em 2 x 2, levando um gol de pênaltis nos últimos minutos da partida.
Agora o time se prepara para o retorno para Campeonato Brasileiro da Série D, depois de ser rebaixado na Série C no passado junto com o Salgueiro onde brigando com o Vitória por uma das vagas da Copa do Nordeste.
A Juazeirense está no Grupo A9 da competição nacional, ao lado do Itabaiana-SE, Aparecidense-GO e Gurupi-TO. A estreia será no dia 04 ou 05 de maio contra o Gurupi, fora de casa.
Para a competição, a Juazeirense conta com Waguinho, atleta que mais atuou na história da Juazeirense (139 jogos). A trajetória do jogador é de emocionar qualquer um, inclusive e ele mesmo, afirma a matéria publicada no site oficial do time da Juazeirense com estrema exatidão. Na entrevista, o atleta conta a sua historia de vida e todas dificuldades que enfrentou. Um autêntico lutador!
“Minha mãe foi uma guerreira, mesmo com todas as dificuldades nunca deixou faltar nada pra gente. Amo demais minha mãe, meus irmãos, minha esposa, minha filha. Se você pudesse colocar essa homenagem na matéria… (pausa). Desculpa, mas é que quando falo da minha história de vida eu fico emocionado”, chorou ao falar o cão de guarda do Cancão.
Lágrimas de um vencedor, que perdeu o pai aos nove anos e precisou começar a trabalhar cedo para ajudar dona Áurea, matriarca da família. Do trabalho na roça, na feira, de ajudante de pedreiro, outras vezes dando duro para descarregar caminhão de cimento, até chegar ao futebol num time de várzea da cidade de Nossa Senhora das Dores, Sergipe, sua terra natal: esse foi o caminho trilhado pelo volante, hoje aos 35 anos e fortemente identificado com a Juazeirense.
Antes de seguir pelo futebol profissional, porém, Waguinho jogou pela saúde da mãe. “Eu jogava num time de Várzea da minha cidade e ganhava R$ 20 por semana. Aí minha mãe teve um princípio de infarto. Teve que fazer cateterismo e tomar muitos remédios. A gente não tinha condição de comprar e eu conversei com o dono do time para, ao invés dele me dar os R$ 20 reais, ele dar o remédio da minha mãe. Assim aconteceu”, conta orgulhoso o camisa cinco de confiança do técnico Carlos Rabello, com quem vai buscar a partir de maio repetir o feito do acesso à Série C.