Técnico do Palmeiras faz desabafo contra violência no futebol brasileiro

Técnico do Palmeiras faz desabafo contra violência no futebol brasileiro

"Pelo bem do futebol brasileiro. De todos nós. Que se junte a CBF, quem organiza estaduais, o Ministério Público, mas que se tomem medidas."

Técnico do Palmeiras faz desabafo contra violência no futebol brasileiro
Foto: Reprodução/TV Palmeiras/FAM

Após a vitória por 2 a 0 sobre o Guarani, no último domingo, no Allianz Parque, pelo Campeonato Paulista, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira desabafou contra os episódios de violência no futebol brasileiro e cobrou atitudes dos órgãos de segurança, do Ministério Público e das entidades organizadoras do futebol no país. O treinador português, bicampeão da Libertadores, chegou a ameaçar deixar o país caso não se sinta seguro. Neste domingo, uma briga entre cruzeirenses e atleticanos, em Belo Horizonte, deixou uma pessoa morta.

 

“Hoje entrei aqui nessa coletiva de imprensa, (e pouco antes) me disseram que tinha havido uma rixa num jogo, inclusive acho que morreu uma pessoa. É preciso morrer quantas mais? Os organismos, quer sejam os do futebol, quer sejam extra-futebol, têm que assumir, dar as caras, exercer os cargos que têm. Têm que justificar o cargo que tem. Quando eu não ganho, pedem responsabilidades. Isso é o que espero que cada pessoa em seu cargo faça, assuma responsabilidades. Pelo bem do futebol brasileiro. De todos nós. Que se junte a CBF, quem organiza estaduais, o Ministério Público, mas que se tomem medidas.”

Ele citou o caso da Inglaterra, que sofreu com o hooliganismo até a década de 1990, mas conseguiu controlar os casos de violência. E também uma briga de torcedores no México, no último sábado.

“É preciso passar à ação. Palavras, o vento leva. Isso me preocupa muito. A segurança me preocupa muito. Quando entrei aqui e vi as imagens no México e me dizem que se passa a mesma coisa no Brasil, vou ter que pensar muito bem no que quero para minha família, para mim e meus jogadores”, completou.

“Jogadores de outros clubes e meus já falaram. Posso ser grande rival, mas tem que ter respeito pela vida humana. No futebol não vale tudo. A vida tem valor. Se vemos isso e não fazemos nada, alguma coisa vai mal. Temos que passar à ação. Estamos à espera de quê?”

 

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Baiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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