A crise do coronavírus, além de vim causando enormes perdas de vidas que só no Brasil caminha para a terrível marca de 100 mil mortos, trouxe prejuízo em toda a economia e a reboque ao futebol em todos os aspectos, inclusive nas transmissões dos jogos. Um exemplo emblemático é a tentativa da TV GLOBO em encerrar precocemente o contrato celebrado com Conmebol para exibição dos jogos da Copa Libertadores. De acordo informações do jornalista Rodrigo Mattos na sua pagina do UOL, a emissora carioca tentou a redução dos valores, não obteve êxito e então resolveu pedi o cancelamento do contrato.
De acordo com a publicação, o contrato da Libertadores foi fechado após uma licitação feita pela Conmebol. Os direitos foram divididos em quatro pacotes, dois adquiridos pela Globo e Sportv. Com isso, a emissora tem que fazer um total de US$ 65 milhões em pagamentos anuais para a entidade sul-americana.
O contrato foi feito quando o dólar estava em R$ 3,88, sendo que agora o câmbio marca R$ 5,33. Com isso, o contrato teve um salto de praticamente R$ 100 milhões por ano, atingindo R$ 346 milhões para as duas mídias.
Durante a pandemia de coronavírus, que gerou uma crise financeira no futebol brasileiro, a Globo começou a renegociar ou romper contratos de direitos de televisão. Primeiro, entrou com um processo contra a Fifa para não pagar as parcelas dos direitos referentes à Copa do Mundo. E conseguiu, de fato, suspender a quitação desses valores.
Depois, houve a disputa relacionado à MP do Mandante para o Campeonato Carioca quando o Flamengo transmitiu um jogo baseado na lei. No meio do imbróglio, a Globo rescindiu de forma unilateral o contrato do Estadual o que gera agora uma disputa jurídica com a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro).
Em paralelo, a Globo também pedia à Conmebol a redução do contrato da Libertadores por conta da pandemia. A Conmebol não topou e a emissora mandou a carta de rescisão que já chegou à entidade.
A questão é que o contrato da Globo para Libertadores representa em torno de um quinto do total das receitas da competição que são em torno de US$ 300 milhões. Ou seja, uma saída seria um baque financeiro. Mas há a possibilidade de a Conmebol encontrar outros interessados nesses direitos.
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