Bellintani tem méritos no campo administrativo, mas peca no futebol

Alô Bellintani, de pensar morreu um jegue!

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

No pós jogo contra o Ceará, mais uma vez fatídica e desesperadora perda recente do título regional, fiquei estarrecido ouvindo pela nossa Rádio Sociedade, com a entrevista coletiva do Roger Machado, oportunidade em que com muita tranquilidade e similar a de um assassino frio e calculista, falava de um jogo que só ele viu. Falava o cidadão de que apesar de jogarem bem, os dois jogos (afffff), não foram capazes de, segundo ele, “furarem” a defesa bem postada do adversário! Parece uma piada esse pronunciamento! Faltou a dignidade! Faltou o respeito com o pensamento da torcida! E quem tinha a obrigação de “furar” a tal formação defensiva do astuto adversário? Lógico que seriam os jogadores. Entretanto, sem um comando técnico que os orientassem nesse sentido, nunca conseguiriam. Foram 180 minutos, fora os minutos adicionais de um Bahia acovardado, sem garra e sem vontade de vencer.

 

Virou um tormento ver um time mal escalado, em nome de uma tal “hierarquia” no plantel, que só serve pra justificar a escalação dos que não estão jogando nada! Ver o Clayson, o João Pedro, o Gregore, entre outros menos votados, se tornarem titulares absolutos é preocupante. Não que sejam péssimos jogadores, mas estão num momento de declínio acentuado por conta dessa volta às atividades, após ao recesso forçado pela pandemia. Colocar os mesmos no jogo, mesmo percebendo o baixo rendimento, parece ser uma torpe ideia suicida numa decisão de canpeonato.

Escalando mal, e repetindo o erro, o Roger nos ofereceu perdas de títulos importantes, contra adversários que em outros tempos seriam derrotados sem dó, nem piedade.  Repentinamente, viramos freguês de caderneta do Ceará que, justiça seja feita, jogou com garra para conquistar e ser o merecedor do Nordestão 2020.

Criticar o Roger não seria apenas a minha última queixa. Penso que a nossa Diretoria, apesar do nosso Presidente se mostrar e se dizer chateado, tem a maior parcela nessa culpa. Nunca vi tanta aceitação! Nunca vi tanta conversa pra bovino dormir!

Estaríamos inaugurando uma gestão de aceitação às fragorosas derrotas?

Precisa o nosso Presidente buscar a solução e, nesse momento, ficar com conversa de que não seria tão fácil demitir esse treinador (já de tristes e repulsantes recordações), será muito mais econômico do que marchar para uma segunda divisão no Brasileirão.

Estamos sendo prejudicados economicamente com as perdas das premiações da Copa do Brasil e agora da Copa do Nordeste. Alguém tem que se explicar perante aos sócios e torcedores.  Sem contar a marca Esporte Clube Bahia que está sendo vilipendiada nesse momento.

O Presidente Bellintani tem méritos incontestáveis como gestor no campo administrativo e financeiro do Clube mas, no Campo do futebol profissional está pecando de forma preocupante. Precisa o gestor entender que o Futebol em campo é a missão fim do Clube!  Precisa o Presidente entender que essas perdas são irreparáveis para o futuro do Clube.

Tínhamos o plantel mais caro do certame! Tínhamos bons jogadores para essa disputa e perder a decisão com 2 derrotas, num placar agregado de 4 X 1, sem brio e sem garra, é perfeitamente inaceitável para quem sabe da história de triunfos do nosso Glorioso Esporte Clube Bahia!

Finalizando e esperando que esse texto chegue até o nosso Presidente Bellintani, para ajudá-lo a enxergar o óbvio e a imperativa necessidade da imediata troca do seu tão “prestigiado” treinador que, a meu ver, pelo que demonstrou ao longo dessa sua passagem, não tem o perfil de vencedor marca desejável e registrada do nosso Clube.

Alô Bellintani, de pensar morreu um jegue!

Paulo Fernando, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

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