E.C Vitória: Raio X da queda do técnico Wagner Mancini

Há um provérbio, dizem português: O REI MORREU. VIVA O REI, que pode ser aplicado em todas as mudanças, na vida, como o que ocorreu no comando técnico do Vitória. Restaria agora uma dúvida a ser lançada, para que todos opinem do risco desse provérbio, ser transformado: O REI MORREU. VIVA O CARRASCO, na hipótese do substituto não ter a competência do retirante e terminar por enforcar participação do rubro-negro, na elite do futebol brasileiro.

Vamos recuar no tempo. Mancini foi infeliz no Botafogo, mas a diretoria bancou a sua permanência, até o rebaixamento dos cariocas, o que, de qualquer forma, manchou seu currículo. Foi para a Europa e fez uma reciclagem. Como ele sempre teve bom ambiente no Vitória, Raimundo Viana fez um apelo, uma vez que ele não desejaria descer de nível, para disputar a Série B. Aceitou e teve um êxito festejado, por todos. O Vitória subiu e foi campeão do baiano em 2016. Paralelamente, seu nome no mercado nacional passou a ser valorizado.

Para continuar no Vitória em 2016, senti a sua preocupação pessoal, pois sendo rebaixado, com o Botafogo e em seguida rebaixado pelo Vitória, seria uma grave mancha, nos seus arquivos pessoais e por isso afirmou, genericamente, que fazia inúmeras exigências, para continuar no rubro-negro. Retornando de suas férias, em vez de receber novos jogadores, recebeu uma ducha fria, com a notícia da saída de vários jogadores, principalmente Escudero.

Aí começou o seu erro. Foi iludido e continuou ou se adaptou no salário, para sua sobrevivência, uma vez que nenhum outro clube lhe fez proposta melhor. Na Europa, os treinadores duram, mas no futebol brasileiro há um digamos carrossel. Muda-se sempre, até pegar um antigo já conhecido. Criticam muito os dirigentes, mas esta “cultura” entendo que é mais enraizada nos atletas, pois ou eles boicotam o atual ou se motivam mais com o novo. Assim foi e sempre será. No fundo, principalmente, é a defesa que o dirigente tem, para defender a sua própria pele.

Para uns, com este time aí, o Mancini estaria fazendo milagre. Ganhou do Grêmio, em sua casa e do Corinthians. Enfrentou de igual para igual muitos dos tradicionais, mas em compensação, dos 24 jogos realizados, só venceu seis. Aí vem a dúvida, os 26 pontos obtidos e alguns jogos perdidos, atuando bem, se creditariam nas táticas elaboradas, para enfrentar seus adversários, usando um elenco pobre? Ou no popular: tirando leite da pedra?

Segundo ouvi um comentário de um radialista, o Mancini não era o mesmo, em campo. Não gritava como gritava antes, ou já jogara a toalha ou já estava imotivado. Então, a substituição, por mais que seja perigosa, é necessária. Já estamos na zona de rebaixamento, ou seja no fundo do fosso. Há de se dar mais ânimo e controle no elenco. Uma nova liderança é sadia. Veja o exemplo, no jogo passado o Caíque revoltado com a perda do gol de Marinho, quase lhe agredia. Num time disciplinado, por mais que ele tivesse razão, não seria escalado neste sábado, para ser reserva, mas foi premiado, como titular. E o Marinho, se apagou, se desmotivou e nada jogou. Um novo técnico deverá dar uma outra liga. Agora, o problema é escolher alguém que não esteja no nível de Mancini. De qualquer forma, se Mancini teve culpa, muitos tiveram mais do que ele.

Atahualpa – Torcedor do Vitória, amigo e colaborador do BLOG

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