Como é de conhecimento geral, Freud é o pai da psicanálise e um grande estudioso da mente humana, marcando época neste campo da ciência, e sendo até hoje um dos profissionais mais respeitados e reverenciados na arte de entender o que se passa na cabeça das pessoas. Por isto, quando algo é muito complicado para se explicar sempre é usada a famosa expressão “Nem Freud explica”, existindo variações como “Só Freud explica”.
É exatamente o que passa na minha cabeça quando tento entender o que se passa com o Bahia, como explicar um time com nossa tradição, com uma torcida imensa e apaixonada, com recursos financeiros em caixa, com um elenco “superior” a boa parte dos demais concorrentes e com uma puta estrutura física, fazer uma campanha tão ridícula, não ser capaz de nos últimos 10 jogos fazer dois jogos seguidos de forma convincente, não empolgar, não vibrar, não merecer nem um mero empate contra times bisonhos. Só recorrendo a algumas frases de Freud para explicar o que se passa no nosso amado Tricolor.
Ficamos buscando teorias e mais teorias conspiratórias para explicar o que se passa no Bahia, quando está óbvio que na maioria das vezes, um time ruim é somente um time ruim. Talvez por esperança, amor, vontade de subir, nos deixamos iludir por certos jogadores e nos recusamos a ver que nosso time, nosso elenco, é ruim, não é tudo aquilo que pensamos ser (como escrevi acima), pode ser esta a simples explicação para este vexame em 2016.
Porém, mesmo com um time ruim, era para se jogar um pouco mais, pelo menos demonstrar mais vontade para superar suas limitações e fazer da força de vontade e garra os diferenciais do time. Contudo, não é isto que vemos, na maioria das vezes somos um time entregue e sem desejo de vencer, demonstrando claramente que existe problemas internos. Basta lembrar que aqui mesmo no blog já lembrei de pequenos acontecimentos (o desabafo de HB após a derrota para o Brasil, frases de Feijão e do próprio HB) que demonstram que o clima interno é ruim, que tem problemas de relacionamento no grupo que precisam ser resolvidos rapidamente para que o Bahia tente esboçar uma reação no campeonato.
Sinceramente não tenho a menor ideia do que Freud quis dizer com isto, mas quando li, me lembrei logo dos arroubos de Marcelo Santana, do tanto que prometeu e não cumpriu; e das várias vezes que abriu o verbo, quando o melhor era se calar. Lembra ou não?
“Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons”
Esta carapuça eu visto. Subimos em 2010 com um time meia-boca, fomos campeões em 1988 com um time caseiro, mas parece que não aprendemos, sempre queremos um time forte no papel e que supostamente represente a grandiosidade do Bahia em campo. Sem nenhuma sacanagem pergunto, com exceção do Vasco, qual o time que pode subir este ano que tem ao menos um craque? Estendo para 2015, dos 4 que subiram, qual o elenco que representaria a grandiosidade do Bahia no entendimento do seu apaixonado torcedor? Como se diz muito aqui em BSB “o ótimo é inimigo do bom”, temos de parar com esta mania de querer um elenco inchado de estrelas (as 3 deste anos estão cadentes) e buscar formar um time de jogadores com vontade de vencer e apostar na base.
Deixo para vocês refletirem sobre as próximas frases, em minha opinião todas podem nos ajudar a tentar entender o que se passa em nosso amada clube.
De erro em erro, vai-se descobrindo toda a verdade”
“O sucesso substitui todos os argumentos”
“O sujeito é forte enquanto acredita e sustenta idéias fortes”
“Olhe para dentro, para as suas profundezas, aprenda primeiro a se conhecer”
Depois desta viagem pelo universo freudiano, só me cabe admitir, nem Freud explica esta situação vexatória do Bahia, só me cabe perguntar que uruca é esta que caiu sobre nosso clube?
Não levem este post à sério, é apenas uma brincadeira para suportar os 15 dias sem Bahêa.
Miguel Leite – Torcedor do Bahia e parceiro do BLOG