7 de agosto de 1994: Nesta data o governo iraniano aceita a proposta de paz com o Iraque, pondo fim à guerra iniciada em 1980. Mônica Lewinsky, ex-estagiária da Casa Branca, declara em depoimento ao júri que sentou no colo de Bill Clinton e por pura elegância e gentileza, aplicou um breve e romântico sexo oral. Caetano Veloso comemorava em Santo Amaro os seus 52 anos de idade, e em Salvador, o tempo amanheceu sem sol, no entanto, prometia brilhar para a torcida do Bahia a partir das 16h com os primeiros raios de alegria surgindo da ladeira da Fonte das Pedras, no bairro de Nazaré.
100 mil pessoas no Estádio. Um jogo quase perdido, um título quase esquecido, torcida do Bahia saindo do estádio, rubro-negros ávidos para comemorar, MAS então, aos 44 minutos do segundo tempo, o zagueiro Missinho já no desespero, chuta a bola para o centro do meio de campo, o enorme zagueiro Advaldo conhecido com NBA (ou coisa assim) cabeceia um pouco para frente, Souza volante tricolor, com outra cabeçada coloca a bola para o centro da área rubro-negra, justamente entre os zagueiros China e João Marcelo do Vitória e neste momento, do nada para representar exatamente o tudo para a torcida tricolor, como mágica, hipnose ou assombração, aparece Raudinei que começou aquele jogo na reserva, que caprichosamente permite o caminhar da bola, espera o certo momento e solta uma cacetada para dentro do jogo goleiro Roger.
Era o tão famoso gol de Raudinei, era o titulo do Bahia, era o registro de um gol que entrou para a história do futebol baiano que até hoje é motivo de renovada alegrias da torcida do Bahia e um fato negativamente inesquecível para os rubro-negros.
Hoje, aquele jogo completa 20 anos, mas para os torcedores do Bahia, notadamente aqueles acima dos 30 e poucos anos, a partida aconteceu, ontem à tarde e por isto, deve ser comemorado.