Atacante Obina vira o cara no Bahia

Obina chegou ao Bahia em Janeiro como esperança de gols, mas logo caiu em descrédito, gordo, pesado, sem mobilidade, não encontrou espaço no time, notadamente pela boa fase do atacante Fernandão. Foi para banco alguns jogos, em outro sequer foi relacionado. Porém, nos últimos jogos, voltou a ser escalado, sendo que foi autor de dois gols importantíssimos, nos triunfos contra a Portuguesa pela Copa Sul-Americana e na vitória formidável do último Domingo, contra o Botafogo, lá no Maracanã, isto sem contar com o gol salvador no empate contra o Criciúma.

Por isto e por sua dedicação, o jogador foi alvo de matéria de Ivan Marques, veiculada nesta terça-feira pelo Correio, onde o jogador explica ter perdido seis quilos e está pronto para assumir a camisa de titular do Bahia.

O atacante deu entrevista sem camisa. “Quando aponto meu nome, não estou provocando a torcida. É um desabafo, o Obina é um nome que também tem qualidade pra fazer gol”, afirmou o jogador, após a partida. Segunda, ao lado do grupo de jogadores e comissão técnica, ele viajou para Medellín, na Colômbia, onde o Esquadrão enfrenta o Nacional, quinta-feira, às 22h, no jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana.

O visual sem camisa também deixou orgulhoso o fisiologista do clube, Maurício Maltez, um dos responsáveis pelo trabalho que devolveu a boa forma a Obina. O profissional não quis divulgar o quanto o jogador emagreceu, mas, de acordo com fonte do Correio*, seriam 6kg. “É notória a diferença no visual. Desde que Obina chegou no clube, ele tem recebido um acompanhamento nutricional e um treino monitorado”, explica Maltez. Segundo o fisiologista, a idade do atleta, 30 anos, dificulta o trabalho, já que, com o tempo, o metabolismo humano diminui.

DEDICAÇÃO
Obina é elogiado pela dedicação. “O resultado depende muito da força de vontade do atleta. A gente tem que tirar o chapéu pra ele. Apesar de ser um jogador já mais velho, ele se dedicou muito. Ele tem uma força de vontade impressionante”, garante Maltez, que avisa que o trabalho não acabou. Um das maiores dificuldades apontadas pelo fisiologista é que a perda de peso do atleta não poderia levar à diminuição da massa magra e, consequentemente, da força de Obina. “Se o peso dele cai de forma muita abrupta, ele perde muita massa muscular, não é ideal. A diminuição de percentual de gordura tem que ser de médio a longo prazo. Por isso que as pessoas não notaram rápido. O peso vem diminuindo ao longo do tempo”, explica.

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