Apesar das dificuldades de se realizar a competição no período da Copa do Mundo, a Liga do Nordeste apresenta resultados comerciais que superam qualquer expectativa. Os Direitos de Transmissão em TV Aberta e Fechada foram vendidos a duas empresas.
Em Web, além do ineditismo da transmissão, na rodada do último final de semana, a audiência chegou a 100 mil acessos, um número importante, mostrando que essa “janela” vai crescer com o avanço da tecnologia e em breve representará uma receita adicional para os clubes.
E a Globo e Globosat que compraram os direitos por três anos e devem passar os jogos semifinais e finais este ano. Apesar dos problemas do passado, sabemos que a Globo sempre viu essa competição com grande simpatia e pode ser um grande aliado nas futuras negociações.
Comercialmente o Campeonato já tem cinco parceiros comerciais: Hipercard, Via Embratel, Topper, Tim e Lupo. Todos conseguidos antes da Globo fechar a parceria, demonstrando a confiança na força da marca “Campeonato do Nordeste”.
A Visibilidade da competição, transmitida em várias janelas de exibição, também é importante para que os clubes possam fortalecer seus caixas mostrando seus talentos aos empresários e investidores, que vivem a prospectar o mercado de atletas, visando realização de lucros com a transferência para o mercado nacional e internacional.
A outra grande receita seria a bilheteria, já que tradicionalmente o Nordeste é líder em presença de público nos estádios. Infelizmente a concorrência com a Copa do Mundo não permite que isso aconteça esse ano.
Outro fator importante é o fortalecimento de clubes tradicionais como Sergipe e CSA, que atravessavam péssimos momentos técnicos e administrativos e que através do Campeonato e das receitas auferidas, estão podendo reestruturar suas equipes.
Na última reunião a grande notícia foi à presença do Presidente do Vitória demonstrando seu interesse pelo fortalecimento da Liga e de sua competição. O mesmo deve ser feito pelas outras grandes equipes da região como Ceará e Bahia, que colocaram a competição em plano secundário, o que estrategicamente é um erro e que enfraquece a luta da Liga junto com as Federações em conseguir dois objetivos fundamentais: conseguir uma vaga na Sulamericana e incluir a competição no Calendário Nacional de Competições da CBF.
O desafio ainda é grande e o Nordeste deve estar unido, pois o crescimento dessa competição pode significar uma redução na distância financeira para os clubes do sul do país, que gradativamente aumentam suas presenças, ocupando vagas nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro, encurralando nossos clubes nas Séries C e D.