Tem caixa pra mais

Que os bombeiros de plantão guardem sua mangueira de água fria dessa vez, pois cabe a euforia, afinal é a terceira Vitória consecutiva, depois de certo ostracismo por conta da contratação de um técnico vacilão, mas que felizmente já se foi substituído a tempo, e de fato, as coisas esperadas começam a acontecer, antes tarde do que nunca. Pode sorrir galera tricolor, parece, essa boa fase pode ainda perdurar, como se diz no jargão do futebol, tem caixa pra mais.

Desde cedo o Bahia pareceu estar ansioso para enfrentar o São Caetano, sabe, eles vieram de uma seqüência espetacular, sete vitórias consecutivas, se o nosso tricolor emplacar algo assim, certamente ao final, quando desbancado, já estará no G4, tranquilamente, depois é só administrar.

Com certeza amanhã, domingo 30, o céu baiano estará bem azul, pode até chover canivete, nem por isso essa semana deixará de ser menos alegre, é assim na Bahia quando o Bahêa vai bem, vamos torcer para que a felicidade do povo perdure pelo menos mais três ou quatro jogos seguidos, os tricolores merecem.

O jogo começou apreciado por mais de 30 mil fanáticos que pulando nas novíssimas arquibancadas do monumental do parque empurravam o Time pra cima dos assustados paulistas, que jogavam numa disposição tática visando quebrar o ritmo da partida de forma a promover a impaciência da torcida baiana, para, mais à frente, tentarem um arremate qualquer ou mesmo um empatezinho que lhes garantiria a oitava partida sem perder na Série B. Pior o juiz da partida também comungava com as pretensões do São Caetano. Parava o jogo a toda hora, invertia faltas, laterais e irritava todo mundo, de torcida a jogadores, nem o adversário gostava do apito incompetente do sergipano.

Pelo lado do Bahia o time jogava bem, mas não fazia os arremates necessários a gol, velho defeito. Nesse particular vamos dar o crédito ao São Caetano que veio decidido a não permitir que isso acontecesse. Os veteranos Batatais, ex-rubro negro e Anderson, trabalhavam bem até então, quando Jael, escapou dos agarrões na área e sozinho complementou o cruzamento do escanteio com a cuca legal fez Bahia um a zero, desmancha-se o desenho tático do São Caetano, sua defesa mostra as fragilidades, o jogo parece ficou fácil de repente e logo, Nadson invadiu a área com bola dominada e em jogada individual faz dois a zero.

Imediatamente após o segundo gol tricolor, o juizão, piorou em muito o seu trabalho, marcou três ou quatro faltas perigosas na intermediária do Bahia, lances confusos, indefinidos, o jogo ficou ruim. Felizmente o já escaldado Time tricolor pressentiu o perigo, o homem fantasiado, vestido de preto com detalhes diagonais em verde cana com um apito estridente e terrível á boca parecia decidido a complicar. O Bahia se encolheu todo em seu campo e procurou administrar o término do primeiro tempo da forma já construída, e conseguiu.

Veio o segundo tempo, o Bahia voltou a encontrar o bom jogo do inicio. De repente Jael invade a área e é derrubado pelo atabalhoado zagueiro Anderson, o juiz na maior cara de pau, inverte e marca falta do atacante tricolor, esse erro da arbitragem acordou a torcida do Bahia, ficou mais evidente agora a má vontade do nosso vizinho famoso em nos perseguir. A turma tricolor passou a vaiar o debochado apitador, confundiu-o todo e terminou que marcou um pênalti a nosso favor de forma duvidosa, mas cadê a moral do arbitro, deu o pênalti, mais por medo do que por convicção. Nadson pediu a gorduchinha e com personalidade bateu forte no canto direito do goleiro, três a zero.

Daí pra frente foi só comemorar, bem verdade que houve ainda um gol a favor deles, o garoto Bebeto não muito inspirado, pagou caro suas atrapalhas jogadas e marcou contra as próprias cores, tem nada não, no próximo jogo ele vai bem de novo e o Bahia volta a emplacar para confirmar a necessária seqüência rumo a Série A

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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