Poema em Linha Reta é um poema de Fernando Pessoa que detalha bem o verdadeiro sacana. Sim, o verdadeiro, o legítimo, sacana. Pois, o grande sacana é aquele que se veste com uma áurea de “santo” orgulhosamente ostentando uma carta de virtudes como decoração em seu peito sujo: sem perdão, sem remorso. Inflexível é o sacana clássico.
Quem nunca transgrediu uma norma? Quem nunca falou um palavrão? Tipos que só falam a verdade, enfim, são os legítimos mentirosos. Por isso, desejo toda a sorte do mundo para Leo Medeiros. Quero que ele arrase com quem outrora o desacreditou e o tirou para compor um elenco de obedientes jogadores medíocres. Vamo lá Leo! Você sabe o que é jogar num time de massa. Seu esforço será reconpensado!
Quanto aos demais jogadores: tem que apoiar o colega. Fazer uma corrente de solideriedade para que o colega que estava por baixo, relegado a segundo plano, sinta-se acolhido. Gestos de intolerância e exposição pública como fez Carpegiane com um jogador do Vitória é para serem esquecidos. A conduta moral das pessoas devem ser valoradas por tudo o que a pessoa já fez, e não por um deslizer ali e aqui. Temos que acabar com a falsa autoridade dos moralistas que impingem sobre a moral alheia tudo que é de ruim para sentirem-se um pouquinho confortáveis com sua falsa paz interior. É preciso coragem para voltar e mais dedicação para dar um tapa na cara daqueles que fazem uma profissão de fé um atributo próprio dos erros dos outros. Pois, os próprios acertos são tão mínimos que preferem focalizar nos famosos, nos potenciais ídolos, todo o seu complexo de inferioridade.