Amigos, estou sem muito tempo para escrever porque estou consumindo parte importante dos meus dias comemorando e sorrindo. Disseram que sorrir demais faz doer o queixo, mas descobri que faz doer cotovelo que, por sinal, não é o meu. Quando eu comecei a curar a ressaca da vitória sobre o trivice carioca, o Vitória sapeca 4×1 no Santo André e eu tenho que voltar para o bar.
O que mais me desperta o interesse é a sorte de campeão, aquela reservada aos competentes. O jogo estava difícil, o 1º tempo foi de marcação dura do Santo André e acabou em 0x0, parecendo jogo de torneio de acesso. Com 3 minutos do 2º tempo, o mais novo xodó da infindável fonte de alegrias que é a base do Vitória colocou a criança lá dentro e deu início à repetitiva festa do triunfo no Barradão.
Mas não basta vencer, tem que tripudiar… Já perto do fim, marca-se um pênalti mandrake a favor do Santo André e Marcelinho Carioca provoca mais um êxtase no Santuário. A bola caprichosamente bate na trave do lado contrário ao escolhido pelo Paredão Colombiano.
Aí o jogo acabou porque ninguém tem o direito de vir ao Barradão e perder um pênalti. O Santo André foi justamente punido exemplarmente.
Aconselho aos felizes que mantenham certa distância respeitosa dos insatisfeitos. Tristeza é mais contagiante que a alegria, podem apostar. Não acho que seja hora para gozações, pois temos coisas muito mais importantes para nos preocupar. Tenho 03 times do Rio de Janeiro para abater e nenhum deles responde pela singela alcunha de Duque de Caxias.
Hoje Salvador é um paraíso vermelho e preto. Quem gostar, ótimo. Quem não gostar, melhor ainda. Cinza, para mim, só as lembranças das fogueiras de São João.
André Dantas