Desapontado, Reub retira candidatura à presidencia

O presidente da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), o economista Reub Celestino, retirou a candidatura à presidência do Bahia.

O comunicado foi realizado em telefonema ao BN, na noite desta segunda-feira (17). Procurado para comentar a confirmação da candidatura do deputado federal Marcelo Guimarães Filho , ele disparou: “Fui convidado a ser candidato do consenso e aceitei. Afirmei, categoricamente, que não aceitaria concorrer à eleição no bate-chapa.

A minha intenção seria servir única e exclusivamente aos propósitos de mudanças tão necessários ao Esporte Clube Bahia. Dessa forma, agora eu me retiro”, revelou. Reub Celestino afirmou ainda que lamenta a sorte tricolor e agradeceu o apoio dos que cogitaram a indicação dele para liderar um processo de transformação na agremiação.

Segundo o presidente da Ebal, a saída da disputa é irreversível. “Porque desencadeou uma sujeira e uma desconfiança”, criticou.

E a passeata de domingo?

Fica a incógnita quanto à postura da oposição. A carreata programada para o próximo domingo era terminantemente pró-Reub Celestino. Mais de 50 carros tomariam as ruas do Campo Grande para seguir em direção à sede de praia, na Boca do Rio. E agora?

“Vamos aguardar o edital de convocação das eleições e estudar a melhor medida”, anuncia o empresário Fernando Jorge Carneiro, surpreso com a candidatura.

“Almocei com Marcelo Guimarães há 15 dias e ele disse que o filho não seria candidato. Agora, com muita paz, temo pelas eleições”, completa. A possibilidade de que o próprio Fernando Jorge sustente candidatura não está descartada, mas a oposição ainda conta com a ação movida no Ministério Público.

“Futebol não é diferente de uma empresa”
Entrevista /Gilberto Bastos

O senhor é candidato à presidência do Bahia?
Não sou candidato, mas uma série de amigos me pedem. Um vizinho me disse: “Gilberto, meu filho nunca viu o Bahia ser campeão”. Minha família não quer, não tenho nenhuma vaidade pessoal de ser presidente, mas acredito que o Esporte Clube Bahia precisa de um renascimento, desde o Super-Homem até à estrutura. E temos um projeto para isso. Precisamos abrir o clube ao associado e estabelecer uma “democratização distrital” para todo o mundo votar.

Em que se baseia esse projeto?Planejamento estratégico. Futebol não é diferente de uma empresa, só temos que trabalhar com pessoas que entendam de futebol. O presidente não tem que ser alguém para colocar dinheiro. O presidente é o líder. Temos uma série de idéias, mas a administração tem que ser técnica. Se por acaso eu for presidente, quero união. A idéia é colocar representantes da oposição em cargos diretivos, para que possam mostrar seu valor. Eu vejo Reub Celestino dizer que, se for presidente, o estádio (Metropolitano de Pituaçu) será do Bahia… E se for outro, não será?

Qual a sua corrente no processo eleitoral do clube?
Não quero associar meu nome a ninguém. Mas não acredite que vou chegar de mãos vazias para tomar palmada dos outros. Eu tenho amigos – deputados estaduais, federais, amigos, conselheiros… Não tenho corrente política, mas tenho relacionamentos políticos.

O senhor acredita na possibilidade de um consenso?Como eu disse, quero união para traçar metas e cumpri-las. Assim como uma empresa, no futebol é preciso traçar estratégia de onde se quer chegar. Em qualquer lugar é assim. Na Europa, os diretores de futebol trabalham, montam a estrutura e quando começam os campeonatos, tiram férias. Deixam tudo com os técnicos. Isto é princípio de administração: planejar, fazer e cobrar resultados. A princípio, a meta do Bahia é subir.

Geddel nega que participará das eleições do Bahia

Em entrevista a Itapoan FM, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, negou que esteja fazendo parte das eleições no Bahia impondo o nome do deputado do PMDB, Marcelo Guimarães Filho. “Não a nenhuma intenção minha de participar no processo eleitoral do Bahia.

Eu vou te dizer por quê: não acho uma coisa saudável porque vai acabar gerando brigas políticas e esse não é momento para isso. Se o Deputado Marcelinho quiser ser o presidente do clube é um desafio dele. Ele já fazia parte dos processos do Bahia antes de entrar no PMDB. É claro que se ele entrar e colocar o time na Primeira Divisão vai ser bom para o partido, mas é uma coisa particular dele. Me tire disso!”

A propósito de uma suposta disputa entre PT e PMDB nas eleições do clube, Geddel foi taxativo: “Sobre o candidato que seria supostamente do PT, o Reub Celestino, é uma pessoa ligada a mim. Quem indicou ele pro cargo que está foi eu, portanto, pode até ter briga PMDB e PT, mas não nesse campo.” Decretou o ministro. Com informações do Correio/Bahia Noticias

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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