Ednaldo Rodrigues: ‘A perda da Fonte Nova é irreparável’

Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Bahiana de Futebol, se transformou no grande líder do futebol da Bahia. Provou que tem prestigio quando conseguiu indicar seu amigo Marcos Ferreira para ser vice-presidente da CBF. Nos bastidores, ele é um grande batalhador em defesa dos clubes filiados, principalmente da dupla Ba-Vi, usando toda influência junto a Ricardo Teixeira e com Rubens Approbato Machado, presidente do STJD. Pode-se, inclusive, dizer que Ednaldo foi um dos responsáveis pela ascensão de Bahia e Vitória este ano.

– A Fonte Nova transformou a história do futebol baiano. Como será o campeonato estadual sem o estádio?

EDNALDO RODRIGUES – O Campeonato Baiano de 2008 será realizado com o mesmo vigor e estrutura adotados nos anos anteriores. A perda da Fonte Nova é irreparável, mas tenho certeza que o governador Jacques Wagner não está medindo esforços para trazer para o estado da Bahia um estádio merecedor da sociedade baiana.

– Quanto a FBF vai perder sem jogos do Baianão na Fonte Nova?

ER – Receitas sempre serão importantes para cumprimento do orçamento da entidade mas, no caso da perda de rendas oriunda dos jogos da Fonte Nova, não é a nossa preocupação principal, pois com uma reestruturação administrativa se concilia. Nossa preocupação maior é realizar um campeonato competitivo, e que satisfaça plenamente as expectativas do torcedor baiano.

– O que você achou da decisão do governador de interditar logo a Fonte Nova e anunciar a sua implosão? Não poderia haver jogos do Campeonato baiano só utilizando a parte inferior do estádio?

ER – Como era uma decisão que só caberia ao governo do estado, e sabedor dos bons propósitos desse próprio governo de construir no local um estádio moderno, em prol do esporte, temos que apóia-lo.

– Fale um pouco da fórmula do Campeonato?

ER – Repetimos integralmente a fórmula do Campeonato de 2007, uma fórmula justa que premiará na fase classificatória os quatro clubes melhores colocados e, na fase final, aquele melhor colocado porque tanto na fase classificatória como na fase final, o critério são todos jogando entre si, no sistema ida e volta.

– O Intermunicipal continua mal explorado pelos clubes?

ER – Já houve um avanço, os clubes profissionais da 1ª e 2ª divisão, inclusive, Bahia e Vitória, acompanham com mais freqüência os jogos do Intermunicipal e contactando com atletas que chamam a sua atenção.

– Quais foram as principais revelações do Intermunipal este ano?

ER – O departamento de Futebol Intermunicipal está em fase de conclusão de relacionar mais ou menos 50 atletas que foram destaques no campeonato, com todos os detalhes de posição, idade, escolaridade, altura, telefones para contatos, etc.

– Você indicou algumas dessas revelações aos dirigentes de Bahia e Vitória?

ER – Tão logo o relatório que falei anteriormente seja concluído estaremos encaminhando aos clubes profissionais da 1ª e 2ª Divisão da FBF de forma padrão, ou seja, todos receberão as informações ao mesmo tempo, para não haver privilégio de algum clube receber primeiro.

– Segunda temporada com transmissão televisiva do Campeonato Baiano. Qual o ganho? Haverá mais novidades?

ER – Tanto o ganho financeiro, bem como o institucional, com certeza será maior, inclusive os 12 clubes trataram diretamente com a televisão todos os aspectos. O campeonato baiano terá muitas novidades, principalmente em ações de marketing, as quais ainda estão sendo formatadas. No geral os clubes estão satisfeitos.Tribuna da Bahia/Adaptado

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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