Alguns atletas brasileiros conseguiram deixar a Ucrânia neste domingo em meio à invasão russa. Com seus familiares, eles entraram em um trem da capital Kiev e embarcaram até a cidade de Chernivtsi, no oeste do país. Posteriormente, pegaram um ônibus até a Moldávia, onde se repartiram. Enquanto uns permanecerem no país, outros continuaram a viagem até a Romênia, no entanto, com todos com objetivo em comum: embarcar para o Brasil.
“Estamos livres! Antes de qualquer coisa eu quero agradecer todos vocês por todo apoio e comoção! Sintam-se importantes porque vocês realmente foram!”, disse Junior Moraes, atacante brasileiro naturalizado ucraniano.
Os jogadores do Shakhtar Donetsk e do Dínamo Kiev embarcaram juntos de trem, conforme orientado pelo Itamaraty, responsável por disponibilizar uma estação em Kiev como ponto de partida e sem a precisão de comprar passagens. Contudo, a segurança de escolta até a estação ficou por parte da Uefa, em conjunto com a Federação Ucraniana de Futebol. Da mesma maneira, elas vão ajudar os atletas no retorno ao Brasil.
Apesar disso, outros jogadores que competem por clubes na Ucrânia não conseguiram até o momento sair do país. A exemplo de Juninho, do Zorya. Nas redes sociais, a esposa de Pedrinho, Layla Gabrielly Gomes, descartou a possibilidade do grupo de atletas do Shakhtar ter excluído outros brasileiros no momento da saída de Kiev.
“Ficávamos sempre todos juntos, e o tempo inteiro vendo as possibilidades do que poderia ser feito. Tudo foi tão rápido que nem paramos para contar quantas pessoas tinham. Não tinha motivo nenhum para deixarmos ninguém para trás! Tinha espaço no trem, tinha vaga nos carros. Uma correria, crianças de colo, malas. Infelizmente, no tumulto e desespero de sairmos o quanto antes, não paramos para contar o número de pessoas. Nunca, jamais, iríamos deixar alguém para trás. Não tem motivo nenhum”, comentou Layla.
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