Ceni nega que tenha desistido de alteração após vaias da torcida

Ceni nega que tenha desistido de alteração após vaias da torcida

Rogério Ceni ouviu vaias da torcida e gritos de "burro" quando chamou o volante Yago Felipe.

Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Durante o segundo tempo do clássico Ba-Vi, com o Bahia precisando vencer para levar a decisão do Campeonato Baiano para os pênaltis, o técnico Rogério Ceni ouviu vaias da torcida e gritos de “burro” quando chamou o volante Yago Felipe para entrar em campo. No mesmo instante, o treinador mudou de ideia e decidiu pela entrada do atacante Ademir. Na entrevista, ele foi questionado sobre o episódio, mas negou que tenha mudado de ideia por conta da reação das arquibancadas.

 

“Na verdade iriam entrar os dois, tanto Yago quanto Ademir. Mas para arriscar um pouco mais ofensivamente, ia entrar o Yago e sair Thaciano, e o Caio [Alexandre] fez sinal de que já estava esgotado. Então eu ia botar os dois lado a lado e iria posicionar o Ademir do outro lado [esquerdo] para ter velocidade e manter o Everton ainda em campo. Como eu achei que o Thaciano aguentaria mais um pouco, eu voltei com o Thaciano para tentar manter o time um pouco mais ofensivo, botando o Ademir, mantendo o Everton Ribeiro e colocando o Thaciano como segundo volante naquele momento. E como o Thaciano suportou até o final do jogo junto com o Jean [Lucas] não houve a necessidade de colocar mais um homem de recomposição”.

“Eu recuei na mexida porque achei que o Thaciano estava um pouco cansado para fazer o lado, e achei que não aguentaria até o final de jogo como segundo volante. O Ademir entraria junto com o Yago naquele momento, aí eu pensei em trazer o Thaciano para dentro e apostei em um mudança mais ofensiva. Se o Thaciano cansasse, quem entraria era o Yago no meio-campo”.

O Bahia entrou em campo com apenas uma mudança em relação ao último Ba-Vi, com Biel no lugar de Juba. “No jogo fora de casa eu tentei dobrar a marcação do Juba com o Rezende tentando evitar que o adversário construísse mais pelo lado direito. O Juba recompõe melhor do que o Biel, tanto que o Juba joga como lateral e o Biel como atacante. Hoje, precisando do resultado, achei que o jogo estava mais para o Biel. Fazer o um contra um, para atacar mais o interior e abrir o espaço para a ultrapassagem de Jean Lucas. Essa é até a situação do gol. Eu achei que para o jogo de hoje o Biel era mais útil, com talento de um contra um, drible e flutuação para chegar ao gol adversário. Lá no Barradão, o Juba foi um jogador mais de lado, de trabalhar mais perto da linha e dobrar a marcação com o Rezende, ele só foi para a lateral quando o Rezende precisou ir para o meio. Só saiu naquele jogo porque ele pediu por conta do cansaço, se não ficaria até o final”.

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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