Após sofrer uma virada no jogo de ida e perder por 3 a 2 no Barradão, o Esporte Clube Bahia precisava reverter a desvantagem neste domingo, diante do seu torcedor, na Arena Fonte Nova, porém, o Esquadrão saiu atrás no placar, buscou o empate, mas perdeu Rezende expulso, e não conseguiu reagir, amargando o vice-campeonato estadual. Na entrevista pós-jogo, o técnico Rogério Ceni lamentou a expulsão e admitiu que após ficar com 10, o time tricolor sofreu bastante.
“Eu acho que hoje, com a expulsão, sofremos mais do que o normal, mesmo com muitas oportunidades de gol. Foi até um lance interpretativo, o árbitro deu sequência. E ficar com um a menos durante 70 minutos pesa um pouco em um dia como hoje. O Vitória é uma equipe muito competitiva, tem força de marcação no meio-campo. Nós tivemos boas oportunidades na soma das duas partidas, eles também. Mesmo com um homem a mais eles se postaram defensivamente e apostaram nos contra-ataques e transições para criar”, iniciou Ceni.
“Muito difícil fazer uma análise única. Caímos de produção no primeiro jogo, perto do minuto 70 o time baixou bastante a guarda. O time errou bastante as saídas de jogo, perdemos muito a bola, o que ocasionou um desgaste físico muito grande. Por outro lado, o rival cresceu no final como mandante. Hoje, infelizmente, a expulsão atrapalha. Não é uma crítica ao Rezende. No lance ele teria que fazer o enfrentamento, e eu acho que a decisão de campo deveria ser mantida. Mas quando você fica com um homem a menos impacta diretamente no resultado do jogo. Não tem como negar que o 10 contra 11 traz um impacto muito grande em jogos grandes e equilibrados”.
“Foram dois jogos bem equilibrados. É uma pena, sei que os torcedores estão tristes, também estamos. Queríamos conquistar esse primeiro título com o Bahia. Vamos bastante chateados para casa. A torcida lotou o estádio e foi nosso combustível. Mas repito, foram dois jogos muito parelhos, e perdemos por detalhes. Tomamos gols no final do outro jogo, nesse tomamos logo no início. Corremos atrás o jogo inteiro, mas eles foram mais felizes nas conclusões a gol somando as duas partidas”, disse.
Ceni assumiu a responsabilidade pela perda do título. “A responsabilidade sempre vai recair sobre mim, o que acho completamente justo. Mas nós jogamos um futebol muito ofensivo, tentando propor o jogo. Eu sei que o mais importante não é a forma que você joga, mas os resultados que você tem. O título se sobrepõe a qualquer sistema de jogo. Se a gente tivesse executado de maneira correta o que escolhemos no último jogo, a gente poderia ter saído com um resultado melhor no Barradão. As circunstâncias do jogo nos deixaram em uma situação mais delicada, mas até o último lance tivemos a oportunidade de levar para os pênaltis”.
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