Depois de meses de negociações, reuniões, assembleias, conferências, etc, o Esporte Clube Bahia finalmente se transformou numa Sociedade Anônima de Futebol (SAF) após aprovação da proposta do City Football Group com 98,6% dos votos favoráveis. Porém, para a transformação se concretizar 100%, ainda depende de questões burocráticas, como constituição da SAF e a transferência de ativos, o que deve demorar de três a quatro meses. Contudo, o conglomerado árabe já assume a administração de imediato e será responsável pela montagem do elenco. Presidente do Esquadrão até dezembro de 2023, Guilherme Bellintani descreveu em entrevista ao Globo Esporte as próximas etapas.
“São três movimentos. Um primeiro é da finalização do negócio propriamente dito, da estruturação, da montagem da SAF, transferência de ativos… Primeiro se monta a SAF, registra com 100% do Bahia, e o Bahia aporta nessa SAF todos os seus ativos: imobiliários, como centro de treinamento e antigo CT, que passarão para a SAF; contratos de atletas; contratos de funcionários; vagas do Bahia nas competições, quer dizer, transferência que tem interlocução com a CBF. Depois que o Bahia aportar todos esses ativos, o City também aporta, principalmente os ativos financeiros. E a partir dali a SAF está formada com a sua composição societária necessária, e isso deve durar entre três a quatro meses, e a gente conclui esse processo. Paralelo a isso, há outros dois processos importantes.”
“O primeiro deles é o das relações com o mercado. Aí eu incluo todos os patrocinadores atuais. Nós vamos ter muito cuidado com eles, não vamos sair tirando. A gente quer, lógico, uma ampliação de resultados econômicos, mas compreende que vários patrocinadores que estiveram com a gente nos momentos mais difíceis precisarão ser respeitados e cuidados. Às vezes, por exemplo, o patrocinador A, que hipoteticamente investia R$ 1 milhão no Bahia, e aquele ativo agora vai valer R$ 2 milhões ou R$ 3 milhões, ele não tem esse dinheiro, mas a gente vai encontrar um lugar para ele no Bahia. Às vezes não na camisa, nas redes sociais, em outros canais que ele consiga se manter vinculado ao clube. Isso é bem importante, mas também novos parceiros. Estamos fazendo nessa semana uma reunião para trazer parceiros novos. Basicamente um recado importante ao mercado é: o Bahia não vai ficar inacessível, sob ponto de vista econômico, para empresas médias. Temos uma visão muito clara. Queremos você aqui, com a gente, não importa quanto dinheiro você tenha. Se você só tem US$ 100 mil para investir no Bahia por ano, nós vamos buscar um produto que se aproxime desses U$ 100 mil, e a gente consiga entregar com boa qualidade. E também, ainda nesse ponto de negócios, a relação com o sócio. Novo programa, o que vai ser o programa junto com a Fonte Nova.”
Bellintani frisou que o prazo para a transição é de até 9 meses, mas projeta entre 3 a 4 meses. No entanto, ele garante que não corre risco do processo não ficar pronto dentro dos prazos impostos pela CBF?
“O contrato prevê nove meses para realizar todo esse processo. A gente acredita que possa se fazer entre três e quatro meses, a metade do tempo disponível no contrato. Não há risco específico. É mais esforço do que propriamente alguma coisa não dar certo, é um trabalho burocrático. Nosso advogado já está em campo trabalhando nisso, temos toda uma estrutura de contador, advogado, todo o pessoal que cuida desse bloco de informações e ações que precisamos fazer, a partir de hoje, trabalhando. Não tem o que dar errado.”
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