O Esporte Clube Bahia anunciou a demissão do técnico Guto Ferreira no dia 26 de junho, ainda de madrugada, horas após a derrota para o Novorizontino, por 1 a 0, na Arena Fonte Nova. No mesmo dia, Enderson Moreira foi anunciado, pegando muita gente de surpresa, afinal, não era um nome que agradava ao torcedor. O treinador chegou com o aval do diretor de futebol, Eduardo Freeland, com quem trabalhou no Botafogo e juntos conquistaram o acesso à Série A. No dia 25 de julho, em entrevista ao podcast ”Flow Sport Club”, Guto Ferreira afirmou que foram criadas situações para sua demissão e que o Freeland ‘chegou querendo trabalhar com um cara que já estava acostumado’ (Leia aqui).
Guto retornou ao Bahia em novembro de 2021 para sua terceira passagem, e comandou o time em 47 partidas oficiais. Foram 20 triunfos, 10 empates e 17 derrotas. Com ele, o Tricolor foi rebaixado para Série B no ano passado, além de ter sido eliminado na 1ª fase do Baiano e da Copa do Nordeste em 2022. Na Série B, porém, vinha fazendo uma boa campanha, ocupando a 3ª colocação, com 25 pontos, mas emplacou uma sequência de resultados ruins, culminando com sua saída.
Em entrevista nesta sexta-feira ao “Segue o Jogo”, do ge.globo, o presidente Guilherme Bellintani comentou sobre a demissão de Guto Ferreira e contratação de Enderson Moreira. O treinador negou boatos de que teria discordado da troca comandada pelo direito de futebol Eduardo Freeland. O mandatário afirmou que estava na Europa na ocasião, mas aprovou o diagnóstico feito pela gerência de futebol junto com a diretoria. Além disso, Bellintani garante que não se arrepende da mudança e avalia o trabalho de Enderson como “bom”.
“A gente demitiu porque achava que o trabalho não iria ter novas evoluções. Não se trata de achar que a gente estava jogando mal ou bem. Vai evoluir? Vai evoluir em um nível que a gente tenha segurança? Achamos que não, tomamos uma boa decisão, não me arrependo. Acho que Enderson está fazendo um bom trabalho, independente das lacunas que possa ter. Foi uma decisão conversada por eles [diretoria e gerência de futebol], eu estava na Europa. Eles falaram que estavam com a decisão e o diagnóstico era esse. Eu disse que se esse era o diagnóstico, que poderia fazer”, disse o presidente.
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