Qual pecado cometeu o Vitória para rebaixamento? Inveja, Preguiça, Luxúria?

David pegou o clube em uma situação financeira já complicada

Rebaixado para o Campeonato Brasileiro da Série B após uma campanha terrível, onde acumulou simplesmente 18 derrotas em 37 jogos, alguns deles dentro do Barradão, equipamento antes conhecido como um reduto quase intransponível e temido por todos os adversários.

Curiosamente o Leão desceu a ladeira justamente no ano que passou a ser governado por um presidente eleito pela torcida no primeiro pleito democrático do clube, seguindo os passos do Esporte Clube Bahia que avançou imensamente em todos os aspectos e este ano como no ano anterior esteve seguro e firme na primeira divisão sem sofrer ou impor sofrimentos aos seus torcedores, e o melhor cada dia abrindo janelas de boas perspectivas para os próximos anos.

A direção do Leão promete para essa terça-feira (27) entrevista coletiva onde certamente tratará da queda e listar medidas para a recuperação e retorno do clube para Série A, aliás, como fez este ano, o Avaí, clube de menor equivalência que caiu no em 2017, porém subiu em 2018.

Admitir erros, assumir pecados seguramente não fará parte das alegações da direção do Vitória para explicar o fracasso, tal humildade não faz parte das virtudes dos cartolas ainda que o atraso, deve gerar redução da visibilidade do clube, profundo desamparo moral, além de um prejuízo financeiro ainda incalculável.

Por isto é importante anotar sete pecados capitais cometidos pelo dirigente na visão de Léo Santana em matéria publicada nesta terça-feira no Jornal A Tarde. Veja abaixo.



Gula: Sem critério algum, foi guloso e saiu contratando jogadores por atacado. No final, 26 atletas chegaram à Toca, onde seis já deixaram o clube e apenas cinco foram aprovados (Jeferson, Benítez, Lucas Fernandes, João Gabriel e Erick). Vale ressaltar ainda que 45 jogadores atuaram pelo time no Brasileirão.

Avareza: David pegou o clube em uma situação financeira já complicada por conta da má administração anterior feita por Ivã de Almeida. Apegado aos bens materiais, o dirigente demorou de externar o que acontecia nos cofres rubro-negros e ainda largou a seguinte pérola: “Se eu fosse jogador, pensaria duas vezes antes de vir pro Vitória”.

Luxúria: O desejo egoísta de superioridade fez com que Ricardo David contratasse Erasmo Damiani como seu diretor. Apesar das críticas, o mandatário preferiu dar continuidade ao péssimo trabalho do dirigente, que sequer tinha experiência no futebol profissional. A mesma insistência foi vista em relação à permanência de Mancini como treinador, quando já estava desgastado e não era bem visto na Toca.

Ira: No momento de ira e violência dos jogadores do Vitória no primeiro clássico Ba-Vi deste ano, no Barradão, o dirigente maior do Leão, em vez de procurar pacificar o ocorrido, demonstrou conivência com o fato e lançou até campanha de marketing para a ocasião com o ‘#FechadocomECV’.

Inveja: Em sua campanha, Ricardo David causou inveja aos dirigentes do Brasil. Foram muitas falsas promessas como patrocínio engatilhado, captação de jogadores na África, reforma do Barradão e internacionalização da marca do clube. No final, nada ocorreu, nem mesmo a gestão profissional prometida.

Preguiça: O basquete do Vitória era uma das modalidades que ainda trazia alegria, triunfos e retorno na mídia para o clube. No entanto, com muita incompetência e preguiça, o dirigente, em vez de valorizar a equipe, acabou com o time que disputava a NBB, uma das maiores competições esportivas do país.

Soberba: A cada problema enfrentado dentro do Vitória, em vez de reconhecer os erros e procurar melhorá-los, o dirigente demonstrava soberba, buscando outros culpados pelos seus equívocos, além de ser bastante permissivo e não demonstrar humildade.

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