Proposta por Juninho Capixaba ainda não agrada ao Bahia, diz Bellintani

Segundo o presidente, só terá acordo quando a negociação amadurecer

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, tem se mostrado um excelente negociador, sempre prezando pela cautela e muita atenção aos detalhes das negociações, que são muitos. Foi assim com Jean, um legítimo negócio da China, na venda ao São Paulo, e agora com Juninho Capixaba, de 20 anos, que interessa ao Corinthians, porém, o clube paulista – assim como o rival – não tem encontrado tanta facilidade nas conversas e o acordo parece ainda meio distante, afinal, envolve dinheiro, divisão dos direitos, além do acerto com três atletas (empréstimo e definitivo) que serão repassados ao Bahia, ou seja, muitos capítulas ainda virão.

Na noite desta sexta-feira (22), o presidente Guilherme Bellintani concedeu entrevista ao repórter Nilzon Luiz, no programa “100% Bahia” da rádio Itapoan FM, onde explicou os detalhes da negociação que, segundo ele, ainda não amadureceu e a proposta não chegou e não está perto de chegar no patamar que agrade ao Bahia, sendo assim, o lateral se apresenta em 2018 no Fazendão. Sobre a recusa de alguns atletas, o mandatário desmentiu e disse se tratar de um “disse-me-disse de internet”. Segundo ele, o que atrapalha é que o Esquadrão quer jogadores em definitivo e o Corinthians apenas por empréstimo. O valor da transação seria de 5,8 milhões por 70% do passe, mais três jogadores.

Veja trechos da entrevista:

“Olha, ainda é uma negociação numa fase intermediária. Há uma proposta concreta para o Juninho, que também não nos atende, sob o ponto de vista de interesse no nosso património. Juninho é um jogador que tem um futuro muito grande no clube. A priori, Juninho fica no Bahia para 2018. Mas, logicamente, a gente entende que se a negociação amadurecer, num ponto que seja convergente com que a gente pensa, de defesa do patrimônio, de formação do elenco, e também de resultado econômico, a gente fará a negociação. Mas eu diria que ela ainda não está perto de chegar num patamar que nos agrade”

“Não [existe recusa]. Isso aí é um disse-me-disse de internet. O que está atrapalhando, principalmente, é que nós não desejamos uma negociação com atletas que venham apenas por empréstimo. O Bahia não pode ficar todo final de ano tendo que remontar a equipe porque no final do ano todo mundo que veio e jogou estava emprestado ao clube. A gente não vai trocar um patrimônio por contratos de empréstimo simplesmente. A gente acha até que pode vir um ou outro jogador emprestado, mas a essência de um negócio tem que ser envolver atletas em definitivo versus atletas em definitivo. Quando a gente coloca atleta em definitivo versus empréstimo, a gente está no final do próximo ano sem Juninho e também sem os jogadores que vieram emprestados. Então a gente perde completamente nosso patrimônio. Não é esse o nosso objetivo. E eu diria que a negociação precisa caminhar com esse propósito, de preservação e até de ampliação do nosso patrimônio não de redução do patrimônio”

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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