Jogo decisivo, como é uma semifinal de Copa do Nordeste, não permite vacilos, mas parece que não avisaram isso para o zagueiro Robson, que entrou em campo totalmente desligado, inseguro e foi responsável pelo único gol da partida, marcado pelo Santa Cruz, que venceu o Bahia por 1 a 0 e passou à grande final da Lampions League, pela primeira vez na história, em jogo tenso, brigado, dramático, com direito a “4 expulsões”, sendo uma ilusória para o Sr. Juiz, o que não tira o mérito do time pernambucano, que soube fazer seu jogo diante de um time sem aplicação tática.
O Bahia entrou em campo tentando imprimir uma marcação forte, dificultando a saída de bola do Santa Cruz, que investia nos erros da defesa tricolor, diga-se, uma “mãe”, principalmente com Robson, muito inseguro e errando tudo a que tinha direito, na primeira até conseguiu se recuperar, mas a segunda foi fatal. O zagueiro cochilou, Grafite roubou, Lomba saiu afoito para dividir e a bola sobrou limpa para o centroavante balançar a rede, único lance perigoso do time pernambucano nos primeiros 45 minutos, que viu o Esquadrão pressionar, mas esbarrar no goleiro Tiago Cardoso, que pegou até pensamento, e no pé torto do atacante Edigar Junio, responsável por desperdiçar a melhor chance da partida.
O panorama não mudou no segundo tempo. O Bahia foi para o tudo ou nada e seguiu pressionando, mais na base da vontade do que da organização tática, algo que faltou ao time, e explorando mais o lado direito com Tinga, que não acertou um cruzamento sequer. O Santa Cruz entrou fazendo cera desde o primeiro segundo e investindo nos contra-ataques. A partida pegou fogo nos minutos finais, com direito a confusão e empurra-empurra, por conta de um erro grotesco, bizarro, vergonhoso do árbitro, não expulsando Grafite mesmo tendo tomado dois amarelos, e logo depois, aplicando a chapa vermelha para Robson, Moisés e João Paulo, mas prevaleceu a superioridade do Santa nos 180 minutos, vencendo por 3 a 2 no placar agregado, e avançando para final do Nordestão.