Cancelada Assembleia Geral do Vitória

Este assunto foge complemente do meu alcance, especialmente por ter uma posição simplista quando o assunto é a forma das eleições em clubes de futebol. Trata-se de um tema de especialidade do nosso amigo Atahualpa quem sabe, o Filba e Marcos Guimarães que transitam com desenvoltura pelos becos e avenidas da situação política do Esporte Clube Vitória, que assim como o Bahia fez em passado recente, caminha para a reforma do estatuto visando as eleições diretas. O assunto é complexo, mas os repórteres Edmilson Ferreira e Ricardo Palmeira do jornal a Tarde divulgam e explicam os motivos que levaram a justiça cancelar cancelar Assembleia Geral do Vitória que seria realizada no próximo Domingo.

Veja ai

Uma ação movida na Justiça Comum pelos conselheiros rubro-negros Dilson Raimundo de Souza Pereira Júnior e Juarez Dourado Wanderley foi parcialmente acatada pelo juiz Gustavo da Silva Machado, da 1ª Vara de Juizado Especial de Causas Comuns. O magistrado determinou ao Esporte Clube Vitória não convocar a Assembleia Geral – estava marcada para o próximo domingo, na Fonte Nova – com a finalidade de submeter à aprovação o projeto de reforma do estatuto, até que seja feita a apreciação das emendas propostas pelos conselheiros e estas sejam referendadas pelo Conselho Deliberativo. A informação foi obtida na tarde deste domingo e publicada pelo Jornal A TARDE.

Ainda segundo o jornal, o grupo que apoia o presidente Raimundo Viana e outros líderes da situação (Alexi Portela e Carlos Falcão, ex-presidentes) obteve sucesso ante os liderados pelo presidente do Conselho Deliberativo, José Rocha.

Caso José Rocha decida realizar a AGE (Assembleia Geral Extraordinária) daqui a seis dias, o Vitória estará passível de multa a ser fixada pela Justiça, e todos os atos praticados poderão ser anulados.

Pontos em discussão

O grupo da situação quer que o novo estatuto contemple as seguintes exigências: ficha limpa para todos os cargos; veto para que políticos presidam o clube; Conselho Fiscal técnico e não político; Conselho de Ética e Governança independente, não nomeado e presidido por José Rocha; comissão eleitoral independente e plural, não nomeada e presidida por José Rocha; veto de reeleições ilimitadas para presidente do Conselho Deliberativo; dedicação exclusiva ao clube do presidente e do vice, se estes forem remunerados; redução da quantidade de Superintendências.

“Após o Conselho Deliberativo aprovar os nomes da Comissão de Reforma do Estatuto, José Rocha mudou alguns membros de maneira arbitrária, tirando inclusive Raimundo Viana (em maio). E na reunião do Conselho Deliberativo do dia 23 de novembro, só foram votados o prazo de carência para o sócio participar da eleição (18 meses para votar e 60 para ser votado), o sistema de formação do Conselho Deliberativo e a eleição direta para o Conselho Diretor (presidente e vice-presidente do clube). Só que o estatuto do Vitória tem 92 pontos e 490 emendas foram sugeridas. Só que nenhuma foi avaliada”, explicou Nilton Almeida, diretor jurídico do Vitória.

“O estatuto que queriam pôr à votação é um projeto ‘clandestino’, que passou por cima dos órgãos do clube. Ele ainda não foi aprovado pelo Conselho Deliberativo. José Rocha convocou a Assembleia Geral à revelia do Vitória e sem poderes para isso. O rito correto é o Conselho Deliberativo aprovar o projeto e, depois, encaminhar um pedido para que o Conselho Diretor convoque a assembleia dos sócios. No dia que o procedimento for feito dentro da legalidade, nós seremos os primeiros a pedir a Assembleia Geral, pois todos no clube são a favor da eleição direta, que foi aprovada por unanimidade no dia 23”, emendou.

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