O Bahia vai em busca de si mesmo

Confrades tricolores, torcedores do único Bicampeão nacional do norte e nordeste do Brasil e orgulho do desporto baiano. Preciso pontuar algumas reações mais otimistas minhas e de outros torcedores quanto as finais do campeonato baiano de 2013. O Bahia chegou – como chegou não importa agora -, mas ele está em mais uma final, o time baiano que mais honrou o campeonato baiano em quase todas as edições de forma competitiva, um orgulho do torcedor tricolor, todavia acredito que além da nossa tradição não temos ainda um time formado, não podemos nos enganar.

Contudo, só uma coisa é certa em finais em se tratando de BaxVis: o Bahia nunca esmoreceu em BAxVi, o orgulho tricolor sempre jogou a favor das conquistas e com o gosto da superação das limitações evidentes que tinha. Vejo isso no Bahia desde que torço por esse time, quando em posições desvantajosas conseguiu reagir e construir uma história de muitas viradas. Crônicas tiveram que ser reescritas, poucas fotos para contar a história que se desenhava nos minutos finais como em 1994, um exemplo de gol salvador quando a torcida adversária já comemorava.

O Bahia sempre foi mais alma! Se o rival sempre foi soberbo, como assistimos hoje o “já ganhou” deles, o Bahia não é time de morrer na praia, sempre correu atrás e confiou em seu mantra: “Nascido para vencer”. O Vitória tem um time melhor arrumado, é verdade. Um plantel mais qualificado que o Bahia, isso não podemos esquecer. O E.C.Vitória merece ser o campeão baiano de 2013, isso é uma unanimidade inteligente, não tem hoje no futebol baiano um clube que esteja jogando mais futebol que os rivais. Isso é importante o torcedor tricolor saber que teremos uma batalha entre “David versus Golias”, não tenha dúvida. O torcedor do rubro-negro tem motivos se sentir favorito.

Nunca vi em minha vida um rubro-negro tão valente como esse. É o time de Deola, Victor e Marquinhos melhorado com os argentinos e o Cajá; o adversário do tricolor pode até sair com o título de campeão baiano de 2013 antecipadamente na Arena Fonte Nova, algo plausível. Para isso, basta que o rubro-negro jogue o futebol simples e aguerrido que jogou nos dois clássicos anteriores. Meus amigos, rogo para que no dia do jogo a torcida tricolor esteja consciente das limitações do seu time, posto que temos mais uma decisão em que precisaremos pegar o “leão” desejoso de não ser capturado pelo maior caçador de leões do estado da Bahia.

O que esperar do Bahia contra o Vitória é raça, determinação e mais entrega, uma chama que se acendida pode fazer a diferença a nosso favor caso o rival incorpore a tradicional fama de colecionador de vice-campeonatos de outros tempos. Aliás, dizer a verdade é perturbador para muitos rubro-negros. Não quero ferir ninguém, apenas é um fato a força do Bahia em finais, levado pela vontade de superação, ao contrário da história do rubro-negro que chega com soberba de sempre às finais, mas acaba não se encontrando. Tudo isso é uma lógica que tem seu fundamento na simplicidade do futebol, posto que futebol se ganha dentro de campo, não com favoritismo.

Por isso, amigos, conclamo a nação tricolor para encher a Arena Fonte Nova, não deixar a história ser escrita antes do jogo começar. Imperiosa em todos os momentos do clube, a nação tricolor tem um papel de levantar e levar o time do Bahia com as próprias mãos. É nesse instante que o tricolor é mais que um torcedor, é mais um fenômeno místico que com autoridade faz com que a bola desvie no goleiro e entre, bata na barreira do rival e, caprichosa, caia no gol adversário. O Bahia, sua torcida, enxerga o favoritismo do rival, mas vai  buscar o resultado que tanto também precisa para espantar um pouco o péssimo começo de ano.

Autor(a)

Deixe seu comentário