Freddy Adu conheceu a Bahia pelo Google

De todas as matérias veiculadas
no dia de hoje acerca do atacante Freddy Adu, a do Jornal de São Paulo, sem dúvida,
é a melhor, por trazer informações adicionais da estadia do jogador nos Estados
Unidos. Veja. 

O atacante norte-americano Freddy
Adu, 23, comparado a Pelé quando surgiu para o futebol, chegou na manhã desta
quinta-feira a Salvador, onde deve assinar contrato para jogar pelo Bahia. 

No desembarque, o jogador do
Philadelphia Union tentou falar português, elogiou Neymar, Ronaldo e
Ronaldinho, e ainda disse que pesquisou na internet para conhecer melhor o
clube que deve trocá-lo pelo volante Kléberson. 

“O Brasil é um lugar no qual
eu sempre quis jogar. Para mim, quando você pensa em futebol você pensa em
Brasil. Ter a chance de estar aqui é incrível”, disse Adu, em inglês,
antes de explicar que ainda não tem contrato assinado, o que deve ocorrer logo. 

“Eu sei que o Bahia é duas
vezes campeão nacional. Conheço a cidade. Agora estou aqui para conhecer mais”,
explicou, e em seguida foi questionado se o conhecimento vinha do buscador
Google. “Sim, fiz muita pesquisa, tudo que podia. Alguns amigos meus
vieram antes para conhecer a cidade, mas pesquisei por mim mesmo também. Agora,
aqui, estou ansioso para conhecer as pessoas o local.” 

Adu perdeu lugar na seleção dos
EUA ao não se firmar nos últimos seis clubes que defendeu, desde 2007, apesar
da pouca idade. Aos 13 anos, ele foi parar “The New York Times”,
ganhou reportagens especiais dos maiores jornais e revistas esportivas do mundo
e assinou um contrato de US$ 1 milhão (R$ 1,9 mi) com a Nike. 

Aos 14 anos, quando se tornou o
mais jovem atleta a ingressar numa liga profissional norte-americana, tinha o
maior salário do futebol do país: US$ 500 mil (R$ 995 mil) por ano, mais do que
recebe atualmente. A ideia do Bahia é explorar o atleta comercialmente, com
direito a festa na apresentação e tour pelos EUA. 

“Estou muito ansioso com a
possibilidade de jogar pelo Bahia. Porque esta liga é a que eu penso,
pessoalmente, ter mais a ver com meu estilo de jogo”, afirmou. “Mas
não há nada feito ainda. Meus agentes estão trabalhando para isso, porque eu
adoraria jogar aqui”, despistou. 

Questionado se já sabia falar
português, Adu respondeu: “Um pouquinho”. No entanto, ao ouvir uma
pergunta em português, voltou a falar em inglês: “Eu não falo português
muito bem”. 

Ganense, Adu se mudou para os EUA
e recebeu cidadania americana após sua mãe ganhar o visto de permanência no
país em loteria de “green card”. Nos últimos anos fez testes no
Manchester United, passou pelo Benfica e jogou na França, na Grécia e na
segunda divisão da Turquia. Não deu certo em lugar nenhum. 

“Eu posso dizer que sempre
joguei no estilo brasileiro”, disse no desembarque em Salvador, uma das
sedes da Copa do Mundo, em 2014, e das Confederações, este ano. “Eu amo
Ronaldinho, eu amo o Fenômeno. Ele [Ronaldo] é meu jogador favorito. Agora eu
gosto muito do Neymar, para mim ele é um jogador incrível. Ter a chance de
jogar contra ele vai ser incrível”. 

Basta o atacante norte-americano
aprovar a cidade e o clube que já conheceu pelo Google e o desejo pode se
tornar realidade em breve.

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