Nicácio: alegria e gols

Marcelo Nicácio foi torcedor apaixonado do E.C.Bahia, membro de uma facção de uma das tradicionais torcidas do Bahia, a BAMOR, chegou a jogar no Bahia também. Saiu, correu o Brasil e agora voltou no E.C.Vitória, onde otimista projeta muitos gols. Nicácio e Vander eram atletas torcedores do tricolor, mas certamente jogarão para vencer o Esquadrão, como Obina jogará também para vencer o Vitória, e que é hoje do Bahia e foi torcedor do Vitória. Matéria de Miro Palma do Correio, confira!

Foram nove jogos com a camisa do Vitória na Série B e apenas um gol. Marcelo Nicácio foi encostado e chegou a disputar a Taça Estado com o time B. Na virada do ano, por muito pouco não foi parar no Paysandu. Graças ao técnico Caio Júnior, porém, o centroavante, 30 anos, ganhou uma nova oportunidade na equipe principal. Correspondeu. Em dois jogos na Copa do Nordeste, três gols.

“Quando o Caio chegou, sabia que não estava mais nos planos do clube. Ele conversou comigo e disse para eu treinar bem, que poderia me dar uma chance”, conta o autor de dois gols na goleada por 5×1 no Salgueiro. 

O contrato com o Leão vai até o dia 15 de maio, mas ele garante não estar preocupado com a renovação. “Tá cedo pra pensar nisso. Meu objetivo é ser artilheiro e campeão da Copa do Nordeste. Se for pra sair daqui, quero sair bem. Só não queria ficar do jeito que estava… Se tiver de renovar, vamos conversar”.

Vencedor

Quando jogou a Taça Estado, ano passado, Nicácio foi comandado pelo técnico Carlos Amadeu, do time júnior. Sem regalias, treinou e concentrou com os garotos da base. “Nicácio conversou comigo e disse: ‘Professor, estou mais perto do fim da carreira do que do início. Preciso aproveitar os mínimos detalhes. Amanhã, posso estar no time principal mais uma vez’. Ele é um jogador dedicado e sempre esteve à disposição”, revela Amadeu.

A justificativa é simples. “No Brasil, existem jogadores mais conhecidos e melhores do que eu desempregados. O Vitória é um grande clube e tenho sempre que estar motivado, no time principal ou não”, analisa o jogador. 

Amadeu, que trabalhou com Marcelo Nicácio no Bahia ainda no início da carreira do jogador, relembra  a dedicação no tempo das vacas magras.

“Ele morava no Vale das Pedrinhas e, naquela época, o jogador da base não recebia dinheiro para o transporte. Ele ia andando pro Iguatemi, onde o ônibus do Bahia esperava pra levar os jogadores no Fazendão. Por tudo isso, Nicácio já é um vencedor”.

Casado com Elisângela e pai das pequenas Marcele, 9 anos, e Marcela, 6 anos, Nicácio encontrou na família a energia para continuar lutando. “Chegava em casa e via o sorriso delas. Impossível não se motivar. Ainda não tô satisfeito com meu desempenho. Vou melhorar mais”, promete. Vem mais gol por aí.

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